Novo presidente da Embratur quer buscar parcerias para estimular o turismo

A própria indústria é afetada quando se desenvolve o turismo

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A própria indústria é afetada quando se desenvolve o turismo

A reformulação do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) é um dos desafios do novo presidente da autarquia, Vinicius Lummertz, que tomou posse nesta terça-feira (02). Segundo o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, uma das primeiras missões do novo presidente é transformar a Embratur em uma instituição mais ágil.

“É uma autarquia muito engessada. O que queremos, e podemos fazer, é transformá-la em uma agência mais ágil, com maior flexibilidade, que pode buscar mais parcerias. Esse é um estudo que levaremos ao governo, para que possa examiná-lo”, disse o ministro, com relação à proposta de transformar a instituição em uma agência. “Ao transformar [a Embratur] em uma agência, pode fazê-la crescer muito, e não apenas com um olhar para fora, mas um olhar para dentro do país” completou o ministro.

Vinicius Lummertz destacou a necessidade de atrair investimentos na área turística. Para que isso ocorra, ele acredita que é preciso diminuir a burocracia. “Pensar em mais estímulos aos negócios do turismo para que eles possam surgir em várias dimensões, porque o turismo é composto de mais de 50 setores da economia, e eles são afetados diretamente. A própria indústria é afetada quando se desenvolve o turismo”.

Uma das propostas do novo presidente é a criação de um projeto que prevê a isenção de vistos, em caráter experimental, para americanos e canadenses, durante as Olimpíadas. De acordo com ele, os americanos “não só passam mais tempo viajando pelo país, como são os que mais gastam aqui”.

“Seria um incremento enorme, bastante consistente, não só de turistas, mas também teria uma repercussão financeira e econômica no nosso país. Vale a pena experimentar, vale a pena ousar. Sobretudo quando temos uma oportunidade, que talvez seja a única, de realizar agora uma Olimpíada e uma Paraolimpíada no Brasil”, disse o ministro. 

Lummertz acredita que, ao testar a isenção durante as Olimpíadas, será possível avaliar a medida para outras nacionalidades. “Se há interesse nacional, temos que flexibilizar. Se for trazer dinheiro para o Brasil sem risco de migração ilegal, devemos apoiar a vinda desses turistas. Essa experiência deverá ser medida, e podemos expandi-la para outras realidades e mercados, por conta do interesse nacional”.

O ministro Henrique Eduardo Alves disse, na oportunidade, que ainda que acredita que o turismo precisa de mais destaque, já que a área pode ajudar no crescimento do país. “Acho que, pela sua importância, pela sua capilaridade, pelo que pode fazer crescer de recursos e investimentos, [o turismo] deveria ter um maior espaço na conjuntura econômica, social e política”, afirmou.

Com relação aos ajustes pelos quais passa o país, Alves destacou que “entende o momento”, e que conta com o apoio da presidenta Dilma Rousseff em relação às medidas debatidas pelo ministério. “[O turismo] Merece um espaço melhor e maior, e tenho certeza de contar com a compreensão e apoio da presidenta Dilma a essas ideias preliminares, que estamos aqui discutindo tecnicamente”.

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