‘Não perdoo’, diz vítima de cotovelada em São Roque

Fernanda Regina Cézar foi a primeira a ser ouvida no Fórum

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Fernanda Regina Cézar foi a primeira a ser ouvida no Fórum

A auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar, agredida com uma cotovelada em agosto de 2014 em São Roque (SP), disse que não perdoa o empresário Anderson Lúcio de Oliveira, preso há quase um ano. O julgamento acontece no Fórum da cidade nesta terça-feira (18). Quando chegou ao local, Fernanda falou com a imprensa. “Não perdoo. Ele já agrediu muitas pessoas aqui em São Roque. Não lembro [do que disse no dia]. Eu fui conversar com ele, só que é meu jeito assim sabe, de ser. Fui na intenção de conversar e pelo vídeo eu vi que não encostei um dedo nele.”

Fernanda foi a primeira a ser ouvida pelo juiz Flávio Roberto de Carvalho, pelo promotor Washington Luiz Rodrigues Alves e pelo advogado de defesa Luiz Pires Moraes Neto. Ela afirmou que não se lembra do que falou para Anderson e que teria motivado a cotovelada. Ela também disse que não estava bêbada, que tinha tomado uma cerveja e duas taças de vinho. Também afirmou que não se lembra da pancada e que só soube o que aconteceu quando viu as imagens na TV.

O julgamento começou por volta das 10h. Anderson Lúcio de Oliveira responde pelo crime de tentativa de homicídio. Sete jurados, sendo seis mulheres e um homem, vão decidir o futuro do empresário. 25 pessoas, em uma lista com mais de 400 nomes de moradores de São Roque, foram convocadas ao longo das duas últimas semanas para comparecer ao fórum da cidade.

A plateia é aberta ao público. A sala de audiência possui 61 cadeiras, que ficaram totalmente ocupadas. Algumas são reservadas: cinco para familiares de Fernanda e outras cinco para a de Oliveira. No entendimento da Justiça, apenas familiares próximos, como mães, pais e irmãos terão preferência nos bancos.

Outras cinco cadeiras são destinadas exclusivamente para veículos de imprensa. Todas serão ocupadas por ordem de chegada e não haverá sorteio prévio. Durante o julgamento, não será permitida qualquer tipo de gravação, como vídeo e áudio, ou fotografias.

Anderson permanecerá o tempo todo na sala do júri, de costas para os jurados e de frente para os advogados. Apenas no momento em que Fernanda for prestar depoimentos, ele poderá sair da sala, caso os advogados da vítima solicitem. O réu não deverá estar algemados e não usará roupas da penitenciária. Fernanda e as testemunhas permanecerão em salas separadas e só entrarão quando forem chamados.

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