Lava Jato: contas na Suíça recebiam dinheiro de propina

Os bancos escolhidos para abrigar as contas mudavam de tempos em tempos

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Os bancos escolhidos para abrigar as contas mudavam de tempos em tempos

Os ex-gerentes da petrobras Pedro José Barusco e Renato Duque mantiveram contas em diversos bancos na Suíça, em nome de empresas de fachada, para ocultar o dinheiro obtido em propina paga pela empresa Holandesa SBM por contrato com a petrolifera estatal. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Em depoimento para o acordo de delação premiada feito com a Ministério Público Federal (MPF), Barusco contou que, em 2011, foi à Milão, na Itália, participar de uma reunião com o presidente e um funcionário do banco Cramer, sediado no país europeu. Participaram ainda do encontro Duque, o consultor Julio Camargo e o ex-presidente da Sete Brasil, empresa ligada à Petrobras.

No dia seguinte ao encontro, uma conta foi aberta no banco para receber o dinheiro. Entre 2011 e 2013, segundo o ex-gerente, R$ 21 milhões foram movimentados na Suíça. Barusco revelou ainda que funcionários do Banco Safra ajudavam a fazer os tramites de movimentação financeira.

Os bancos escolhidos para abrigar as contas mudavam de tempos em tempos, de acordo com o depoimento, dependendo das condições de sigilo oferecidas pelas instituições financeiras.

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