Incêndio destrói parte de um shopping na zona norte do Rio

O prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão estiveram no local

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O prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão estiveram no local

Durou cerca de quatro horas o incêndio que destruiu parte do o Shopping Nova América, em Del Castilho, zona norte do Rio de Janeiro, na tarde de hoje (16). De acordo com o secretário de estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, o fogo começou por volta do meio-dia e foi controlado às 15h40. Não houve vítimas e as causas do incêndio ainda serão investigadas.

“O fogo está absolutamente sob controle, nós podemos perceber que o fogo propagou pelo telhado, ao que parece um telhado de madeira, o que facilitou essa propagação. Eu imagino que seja o terceiro andar do prédio. No andar de lojas não houve fogo, está com muita água nos corredores. Não sei se houve danos nas lojas, essa avaliação ainda vai ser feita. Há um longo trabalho ainda de rescaldo, em razão dos escombros e dessa característica peculiar que é o fogo incubado, que se deixar de ser comabtido ele reascende”, explicou.

Simões disse ainda que o Corpo de Bombeiros deve permanecer no trabalho de rescaldo por pelo menos 48 horas. Ele ressaltou que o fogo começou na fachada frontal, na intercessão do prédio novo com o antigo, propagou lateralmente e depois longitudinamente no lado antigo. A operação de combate ao incêndio contou com cerca de 150 homens, entre 30 e 40 viaturas e o apoio de dois helicópteros.

O prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão estiveram no local. Eles se reuniram com o pessoal da Defesa Civil. Após a reunião, Pezão disse que, caso seja necessário, os lojistas terão ajuda do governo. “Já tentei falar com a AGRio, a nossa agência de crédito, para ver se a gente faz uma linha de crédito especial para esses lojistas, como a gente já fez em outras oportunidades, colocando esse crédito à disposição. A gente vai ajudar, no que for possível nós vamos apoiá-los.”

Eduardo Paes manifestou sua preocupação com os comerciantes e funcionários e colocou a prefeitura à disposição dos lojistas. “A gente torce para que seja logo [o retorno do funcionamento]. Este shopping tem um papel fundamental, em uma região improtante da cidade, cumpre o papel de requalificação desta região. O que a gente puder a gente vai fazer para ajudar na aceleração desse processo e, obviamente, tem uma série de comerciantes, que são o que mais preocupa, que vão ficar sem trabalho, então a gente tem que ver isso rapidamente”.

Durante toda a tarde, muitos comerciantes e trabalhadores acompanharam ansiosos e aflitos o combate às chamas no entorno do shopping. Dono de uma perfumaria no primeiro andar, Marcelo Lago, buscava informação. “Não estou sabendo de nada, estou querendo saber, mas oshopping não informa. O rapaz da segurança foi lá, mas não deu para ver nada, está tudo escuro. A minha loja fica nessa lateral [do lado do metrô], mais ou menos onde estava o fogo, não é do lado de lá onde queimou tudo. Eu quero saber se pegou ou não. Não tenho seguro”.

O superintendente do shopping, Carlos Martins, disse que ainda não sabe quantas lojas foram atingidas, mas esclareceu que o fogo não chegou à praça de alimentação. De acordo com ele, a prioridade é garantir a segurança para os bombeiros que trabalham no combate às chamas, para depois avaliar a dimensão do incêndio a fim de ter uma previsão de quando o shopping poderá ser reaberto.

“A dimensão disso eu ainda não sei dizer. Ainda não sabemos em quanto tempo teremos segurança para reabrir. O shopping tem um seguro completo contra incêndio, e já acionamos a seguradora. A gente tem uma área na fachada que desmoronou, mas não temos como precisar o que foi atingido ainda. Algumas lojas do segundo andar foram atingidas, em um corredor importante, mas não sabemos quais ainda”.

Segundo Martins, os lojistas terão todo o apoio necessário. “Temos que retomar as atividades o mais rápido possível e indenizá-los no que for necessário. Estamos formando um comitê de atendimento para eles, a fim de que essa informação comece a fluir. E quando tivermos noção melhor dos prazos, passamos para eles”.

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