Homem escala prédio para estuprar jovem em Rio Preto

Área onde o crime ocorreu é conhecida por ter repúblicas de estudantes e prédios de até quatro andares

Uma estudante de medicina de 20 anos foi estuprada dentro da sala de seu apartamento, no primeiro andar de um prédio residencial do bairro São Manuel, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (4). Por causa do calor, a jovem dormia no sofá da sala com a porta da sacada aberta, quando acordou com um desconhecido dentro da sala. Armado com uma faca, o desconhecido, aparentando cerca de 30 anos, usou uma almofada para sufocar a moça e, em seguida, cometer o abuso sexual.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o agressor, descrito como magro, alto, pardo, cerca de 30 anos, trajando camiseta polo escura e bermuda clara, teria escalado o prédio até a sacada para entrar no apartamento e atacar a moça. Por conta das agressões, a moça passou a manhã desta quarta-feira (4) internada no Hospital de Base para fazer tratamento de profilaxia para evitar a transmissão de doenças e gravidez indesejada. Por volta do meio-dia, ela recebeu alta. O laudo com os resultados dos exames para confirmar as agressões deve sair nos próximos dias.

O bairro São Manuel, que é formado por prédios de até quatro andares e sem elevadores, concentra grande número de repúblicas estudantis por estar próximo à Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp) e ao complexo do Hospital de Base. No entanto, delegados ouvidos pela reportagem disseram que até então nunca tinham ouvido falar em furtos, roubos ou outros crimes cometidos por bandidos que tivessem escalado o prédio para entrar nos apartamentos.

No entanto, segundo os policiais, não é impossível que algum bandido escale até o primeiro andar, porque os prédios são relativamente baixos; o primeiro andar de alguns está a menos de três metros do chão. “Esta é a primeira vez que ouço falar neste tipo de invasão”, disse o delegado Walter Colacino, do 1° DP, que fica na região do bairro. “Mas não duvido que esso tipo de coisa possa acontecer”, completou. “Isso pode sim ocorrer, embora não tenhamos tido nenhuma notícia sobre isso até essa de hoje”, disse o delegado da DIG. Segundo ele, a delegacia, além de esclarecer o caso, vai investigar e apurar qual meio foi usado pelo agressor para subir até a sacada e entrar no apartamento.