Dilma diz na Bélgica que rechaça quaisquer tipos de sanções à Venezuela
Dilma considerou um “ônus insignificante” as pressões
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Dilma considerou um “ônus insignificante” as pressões
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (10), em Bruxelas, na Bélgica, durante a II Cúpula de países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, que os países latino-americanos “rechaçam” quaisquer sanções contra a Venezuela.
“Não admitimos medidas unilaterais, golpistas e políticas de isolamento. Sabemos que tais medidas são contraproducentes, ineficazes e injustas. Por isso, rechaçamos a adoção de quaisquer tipos de sanções contra a Venezuela. A Unasul trabalha arduamente para promover o diálogo político na Venezuela, buscando contribuir para o pleno respeito, por todos, ao Estado Democrático de Direito e à Constituição”.
Ontem (9), em entrevista à empresa de radiodifusão alemã Deutsche Welle, a presidenta já tinha abordado o assunto. Ela enfatizou que não considera “virar as costas” para a Venezuela, e citou o exemplo de Cuba. Ela disse que não é a favor de “interferências em países irmãos”. “Acho que muita gente gostaria que virássemos as costas para a Venezuela, como durante muito tempo foi feito com Cuba. Com Cuba, nós sempre nos recusamos. Nós somos um país eminentemente pacífico. Colocar a Venezuela como sendo uma ameaça aos Estados Unidos não é algo que contribua para maior democracia na Venezuela”, acrescentou.
Na entrevista, Dilma considerou um “ônus insignificante” as pressões que vem recebendo, de parte da sociedade, após o escândalo de corrupção na Petrobras, envolvendo PT, PMDB e PP. Dilma voltou a enfatizar que o Brasil investiga mais a corrupção do que em outros tempos.
“Esse ônus é insignificante, perto do fato de que, eu posso te garantir, o Brasil, nesta área, mudou. Nunca no Brasil, antes, quem corrompia era preso. Nem tampouco quem era corrompido”, disse ela, e aproveitou para falar da reforma política e do financiamento empresarial de campanha. O governo defende o fim dessa modalidade do financiamento, mantida pela Câmara.
“É óbvio que o Brasil precisa fazer uma reforma política. É óbvio. Nós do governo somos contra financiamento empresarial de campanha. A contribuição tem de ser de pessoa física, e não de pessoa jurídica. Infelizmente, não passou isso no Congresso”, ressaltou.
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