Dilma condena tentativa de 3º turno e ruptura democrática

Para a líder petista, a sociedade brasileira não aceitará uma “ruptura democrática”

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Para a líder petista, a sociedade brasileira não aceitará uma “ruptura democrática”

A presidente Dilma Rousseff disse, nesta segunda-feira (9), que aceita manifestações pacíficas como o panelaço durante seu pronunciamento ontem, mas condenou o que considera uma tentativa de “terceiro turno” das eleições presidenciais com a convocação de manifestações para o próximo domingo, que defendem o impeachment da presidente.

Para a líder petista, a sociedade brasileira não aceitará uma “ruptura democrática”.

“Eu acho que há que caracterizar razões para impeachment, e não terceiro turno das eleições”, disse a presidente, após cerimônia de sanção da Lei do Feminicídio no Palácio do Planalto.

“O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou no primeiro e segundo turno. Terceiro turno, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que se queira uma ruptura democrática. Se se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade não aceitará ruptura democrática. Acho que nós amadurecemos o suficiente para isso”, afirmou.

A mandatária disse ser difícil controlar quem vai às manifestações pró-impeachment convocadas para o próximo dia 15 de março e alegou que o tema dos atos não tem legitimidade. “A manifestação vai ter as características que tiver seus convocadores, mas ela em si, não representa nem a legalidade e nem legitimidade de pedidos que rompem a democracia.”

Dilma fez as afirmações ao ser questionada sobre o ‘panelaço’ observado em diferentes capitais no domingo (8), durante a transmissão de seu pronunciamento oficial em cadeia de televisão.

“Uma característica muito importante é o fato de que aqui as pessoas possam se manifestar e há espaço para isso e tem direito a isso. Eu sou de uma época que se a gente se manifestasse acabava na cadeia e podia ser torturado ou morto”, disse a presidente.

“O fato de o Brasil evoluir e garantir o direito de manifestação é algo absolutamente valorizado por todos nós”, completou.

 

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