Deputados e especialistas comemoram queda no número de fumantes

De acordo com o estudo, 10,8% dos brasileiros

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De acordo com o estudo, 10,8% dos brasileiros

O ato de fumar está perdendo adeptos no País. De 2006 a 2014, o número de fumantes caiu em 30,7%, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Saúde. Esse resultado foi comemorado por deputados e especialistas durante debate sobre o controle do tabagismo na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

De acordo com o estudo, 10,8% dos brasileiros ainda mantém o hábito de fumar. Esse patamar era de 15,6% em 2006. O aumento do preço é um dos fatores que levaram ao recuo do tabagismo: 62% dos fumantes pensaram em parar de fumar diante do valor do produto no País. A política de preços mínimos também está diretamente ligada à redução da experimentação entre os jovens, já que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos.

Apesar dos avanços, o consumo de cigarros ilícitos cresceu. Em 2008, 2,4% dos fumantes obtinham cigarro no mercado ilegal. Em 2013, esse percentual subiu para 3,7%, segundo estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Combate nas fronteiras

A representante do Inca na audiência, Tânia Maria Cavalcante, informou que o Brasil é parte no tratado internacional de controle do tabaco, mas ainda precisa aderir a um protocolo específico que coíbe o comércio ilícito. “Esse protocolo vai permitir que o Brasil trabalhe não sozinho, como vem trabalhando hoje, mas com todos os países que fazem fronteira. É preciso haver essa cooperação para sermos eficientes na redução do consumo ilegal em nosso País”, afirmou.

Tânia Cavalcante criticou os preços “extremamente baratos” do cigarro no mercado ilegal. Segundo ela, isso facilita o acesso de crianças e adolescentes e também desmotiva o fumante a deixar o hábito.

Durante o debate, especialistas também ressaltaram a importância em se aprovar o projeto do deputado Alessandro Molon que cria a contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre a fabricação ou a importação de tabaco e seus derivados, para custear ações de tratamento aos doentes vítimas do tabagismo.

Já o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) lembrou que a Câmara analisa uma proposta de sua autoria que visa reduzir o atrativo das embalagens de cigarros.

 

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