Até o dia 7 de março já foram registrados mais de 224 mil casos

O ministério da Saúde reconheceu que o número de casos de pode aumentar até maio e chegar perto da de 2013 quando foram registrados mais de 400 mil casos. Ao todo, 340 municípios estão em situação de risco e mais de 800 estão em alerta.

Dados do ministério da Saúde mostram que até o dia 7 de março já foram registrados mais de 224 mil casos de dengue no país. Na comparação com o mesmo período no ano passado, um aumento de 162%.

O estado de São Paulo responde por mais da metade das notificações. Só este ano são mais de 123 mil casos suspeitos na comparação com 2014 eram 15 mil.

O Nordeste é a região com o maior risco de epidemia da doença e, entre as capitais, apenas uma está em situação de risco: Cuiabá.

Um mosquitinho tão pequeno com um poder devastador. Na casa de Iaraci Barbosa, todo mundo conhece muito bem os sintomas da dengue. “Dor de cabeça, febre, dor no corpo, moleza, vontade de estar só deitada e os olhos avermelhados”, conta.

“A hidratação sendo feita de forma adequada reduz demais a chance de óbito ou de agravamento dos casos”, explica o ministro da Saúde Arthur Chioro.

Nesta quinta-feira (12), o ministério da Saúde divulgou o Lira, levantamento rápido de índices para o aedes egypti, o mosquito transmissor da dengue. O índice é utilizado levando em consideração a percentagem de casas visitadas onde foram encontradas larvas do mosquito.

Dezoito capitais apresentaram níveis de alerta, com o índice abaixo de 3,9% dos imóveis visitados. A região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índices de risco de epidemia de dengue, seguido do Sudeste, Sul, Norte e Centro-Oeste.

Proporcionalmente à população, o Acre é o estado mais afetado com quase 700 casos por 100 mil habitantes. Depois vem Goiás e São Paulo. Catanduva no interior paulista registrou 7.707 casos positivos de dengue com 15 mortes confirmadas e 19 sendo investigadas.

“O Lira mostra que na região Sudeste, Sul e Norte acabou havendo um aumento no armazenamento de água pelas famílias nas suas residências, nem sempre com a proteção necessária”, afirma o ministro da Saúde.

Cuiabá é a única capital em situação de risco. O índice médio de infestação é de 6,6% dos imóveis visitados.

Segundo a vigilância sanitária o bairro que mais preocupa em Cuiabá tem o índice de infestação das larvas do mosquito transmissor da dengue chegou a 14,1%. Entre os principais motivos está o lixo deixado nos terrenos baldios e no quintal das casas. Qualquer recipiente que acumula água da chuva, pode se transformar em um criadouro do mosquito.

A secretaria municipal de saúde está intensificando as ações no bairro para reduzir os índices de infestação. “Nós temos a secretaria de Meio Ambiente trabalhando com os terrenos baldios, as casas abandonadas notificando esses proprietários para a tomada de providências”, afirma a coordenadora de Vigilância Sanitária de Cuiabá, Alessandra Carvalho.

“Eu acho que é importante a população cuidar junto com o poder público da sua casa, da sua rua, dos locais públicos. Todos têm que fazer a sua parte se não a coisa não vai”, diz o líder comunitário Reinaldo de Oliveira.