Presidente da Câmara está na lista de políticos que serão investigados por suspeita de desvios na Petrobras

Citado na lista de políticos que serão investigados por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, (PMDB-RJ), usou o Twitter para dizer que a abertura de inquérito contra ele é “piada”.

“É uma piada essa peça do procurador e causa estranheza que não tenha me pedido explicações, como aliás sempre foi praxe da PGR (Procuradoria-Geral da República)”, escreveu Cunha.

O presidente da Câmara diz ainda que o pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e acatado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, contém “absurdos” e afirma que “esse inquérito foi proposto por motivações políticas”. A lista de investigados traz os nomes de 47 políticos.

“Tendo acesso à petição passo a comentar alguns fatos para contestar vários absurdos escritos (…) Os absurdos são vários, primeiro atribuir pato de terceiro sem provar, atribuir o recebimento sem provar e ainda supor que eu era beneficiário (…) O segundo grande absurdo é como atribuir o benefício de doação a comitê financeiro do partido como se fosse minha?”, escreveu.

“Sabemos exatamente o jogo político que aconteceu e não dá para ficar calado sem denunciar a politização e aparelhamento da PGR”, continuou.

Em seus posts no Twitter, Cunha ainda negou que Nestor Cerveró tenha sido indicado pelo PMDB para a diretoria Internacional da Petrobras. “Coloca que Nestor Cerveró foi indicado pelo PMDB, quando todos sabem que ele era indicado do senador Delcídio Amaral (PT-MS), objeto de arquivamento”, escreveu Cunha.

O presidente da Câmara também voltou a negar envolvimento com Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do esquema no PMDB. “Fernando Soares nunca representou o PMDB e nem a mim. Ele fala que representava Câmara e Senado e não fala nomes de senadores”.