Citado em delação, Mercadante cancela viagem aos EUA

Segundo o delator, os repasses foram feitos por receio de perder negócios com a Petrobras

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Segundo o delator, os repasses foram feitos por receio de perder negócios com a Petrobras

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, cancelou sua viagem aos Estados Unidos, com a presidente Dilma Rousseff, após seu nome aparecer em delação premiada do ex-presidente da empreiteira UTC Ricardo Pessoa. Em entrevista coletiva na tarde deste sábado, Mercadante disse que preferia explicar que todas as doações recebidas em sua campanha ao governo do Estado de São Paulo em 2010 foram legais a acompanhar a presidente na reunião bilateral.

“Em relação à minha campanha, ele [Ricardo Pessoa] disse que teria contribuído com R$ 500 mil, metade contabilizada como caixa 1 e a outra não teria sido prestado conta à Justiça Eleitoral. As duas contribuições estão na Justiça Eleitoral”, disse o ministro.

Reportagem da revista Veja aponta que Pessoa teria citado, em sua delação premiada, o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele. Segundo o delator, os repasses foram feitos por receio de perder negócios com a Petrobras. Entre os políticos que teriam recebido o dinheiro, foram citados o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e o da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Mercadante disse que as duas parcelas relativas às contribuições feitas por Pessoa à sua campanha em 2010 foram legais e estão registradas na Justiça Eleitoral.

O ministro também afirmou que deixou de ir aos EUA porque o governo tem uma semana importante no Senado, com pautas em relação ao ajuste fiscal.

Mais cedo, o ministro Edinho Silva confirmou que recebeu R$ 7,5 milhões da UTC durante a campanha de Dilma Rousseff à presidência no ano passado. Edinho Silva atuou como tesouteiro da campanha petista. Ele também disse que está havendo um “vazamento seletivo” das informações da delação premiada do ex-presidente da UTC.

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