Líder do governo sai em defesa do candidato petista e critica denúncias de tentativa de cooptação

A 10 dias das eleições para a presidência da Câmara, o embate está acirrado entre os dois candidatos da base do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A disputa apertada por votos de parlamentares tem levado os dois adversários a uma postura de ataques mútuos. Enquanto trocam farpas, o concorrente, deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) intensifica a rotina de viagens a fim de conquistar apoio às vésperas da eleição.

Em defesa de Chinaglia, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), rebateu ontem a intervenção de ministros na busca por votos na campanha do petista. “De repente, o ministro X, não vou dar um nome qualquer, do PMDB, telefonou para fulano de tal e pediu apoio para fulano de tal. O ministro está interferindo? Nada disso, normal. Está pedindo voto para o candidato do partido dele”, minimizou Fontana.

O líder reagiu às criticas de Cunha em relação à informação publicada na terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, que revelou um recém-formado bloco de oito partidos nanicos (com 40 deputados) se reuniu na semana passada com o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas. “Muitos interesses se movem numa eleição para a presidência da Câmara. Agora, se há oferta de cargos? Isso vocês podem perguntar para ele. Eu tenho convicção de que não, mas não sou eu que nego o que o Pepe está falando”, afirmou.