Advogado nega que Youssef tenha patrimônio maior que o declarado
O advogado disse também que Meirelles nunca foi sócio de Youssef
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O advogado disse também que Meirelles nunca foi sócio de Youssef
O advogado do doleiro Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, negou nesta segunda-feira (2) que o seu cliente tenha um patrimônio maior que o declarado à Justiça Federal do Paraná. Leonardo Meirelles, sócio de Youssef, afirmou ao jornal “Folha de S.Paulo” que o doleiro teria um um patrimônio “oculto” e que supera o valor que ele teria assumido para realizar a delação premiada, de cerca de R$ 50 milhões.
“É mentirosa [a declaração]. Ele é inimigo de meu cliente. Nós vamos desmascarar essa declaração”, disse Basto.
O advogado disse também que Meirelles nunca foi sócio de Youssef e que “apenas fez uma operação” para o doleiro, mas não explicou qual seria esta operação.
Caso seja comprovado que Youssef mentiu durante a delação, o acordo pode ser anulado. O doleiro fez o acordo com Ministério Público Federal de passar informações que contribuam para a investigação das irregularidades identificadas pela Polícia Federal por meio da operação Lava Jato. Em troca, Youssef receberá uma pena mais branda se de fato suas informações ajudarem na investigação.
O advogado disse ainda que pretende fazer uma acareação entre Meirelles e Youssef para comprovar que a declaração sobre o patrimônio seria falsa.
“Não é uma acusação formal, é uma acusação feita pela imprensa. Tem que provar. Quem fala, prova, ele fez duas acusações nos autos e não provou nenhuma”, disse Basto.
Nesta segunda começam as audiências com as testemunhas da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná em Curitiba. Devem depor hoje Márcio Adriano Anselmo, que é delegado da Polícia Federal e um dos coordenadores da operação Lava Jato; o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, executivo da Toyo Setal; e o consultor Julio Gerin de Almeida Camargo, que prestou serviço ao grupo Toyo Setal.
Os executivos também fizeram delação premiada e foram os primeiros a dar detalhes sobre o esquema de pagamento de propina pelas empreiteiras para conseguir fechar negócios com a Petrobras.
As testemunhas serão ouvidas pelo juiz federal Sérgio Moro em audiências fechadas. Os réus do processo podem acompanhar as audiências. O doleiro Youssef acompanha a sessão de hoje e, segundo seu advogado, deve estar presentes nas seguintes. Estão previstas onze audiências a partir desta segunda-feira até o dia 18 de fevereiro.
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