A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de caminha para disputa entre dois candidatos. (PSB), que já tinha anunciado oficialmente sua candidatura a presidente, e (PSDB), atual dirigente da Casa de Leis. Até então, dois nomes do PSDB estavam interessados na vaga, indicando racha interno.

Além do atual presidente, João César (PSDB) também tinha intenção. Sem definição, direções municipal e estadual do PSDB poderiam ser chamadas para intervirem. Segundo apuração anterior, haveria acordo dentro do partido fechado nas eleições municipais. O atual presidente seria escolhido pelo PSDB, o que de fato foi, para compor, como vice, na chapa do prefeito reeleito (PSD). Com isso, Mattogrosso seria a indicação para a presidência da Câmara.

Agora, no entanto, ‘houve entendimento', de acordo com João Rocha. “Meu nome está colocado. Foi um entendimento entre os vereadores de vários partidos que já tinham conversa comigo e com o João [César]. Consultamos todos eles e eles entenderam pelo meu nome”.

Candidato que vai à disputa com o tucano, Carlão afirmou que está mantendo diálogo com todos os vereadores e que algumas conversas já estariam adiantadas. A reportagem apurou que 19 parlamentares estariam propensos a apoiar a candidatura dele, que atualmente ocupa o cargo de primeiro-secretário da Câmara Municipal de Campo Grande.

A Mesa Diretora é composta por primeiro, segundo, terceiro vice-presidentes e primeiro, segundo, terceiro secretários, além do presidente. A eleição é em 1º de janeiro, mesmo dia em que os parlamentares eleitos assumem o mandato. Para ganhar o cargo de presidente, o candidato precisa de 15 votos (maioria simples) com votação aberta.

‘Sem interferência'

Indagado sobre a escolha do próximo presidente da Câmara de Campo Grande, o presidente municipal do PSD, Antônio Lacerda, disse que o partido não tem intenção em interferir. Com a maior bancada no Legislativo municipal a partir de 2021, o partido pode ter papel importante, tanto na composição das chapas, quanto nos votos para escolha do dirigente.

“Quando assumimos em 2017, a situação estava posta [com o presidente já indicado]. Não interferimos, tínhamos só dois vereadores, nada impediu que tivéssemos relacionamento extraordinário. A escolha é deles. Não será dada nenhuma orientação [à bancada do PSD para escolher por algum candidato]”.