Com ruas tão esburacadas que impossibilitam a passagem de moradores e caminhões de coleta seletiva, moradores do bairro Vila Aimoré, na região sul de , relatam ao Jornal Midiamax as dificuldades com o acúmulo de lixo, a doenças e falta de trafegabilidade no local. As situações seriam enfrentadas desde o mês de fevereiro.

De acordo com um morador do bairro há cerca de 20 anos, que prefere não ser identificado, a situação das ruas do bairro está difícil desde outubro do ano passado, mas se agravou com as chuvas do início do ano. Ele conta que a partir do mês de fevereiro o caminhão de coleta seletiva do lixo já não conseguia mais passar.

“A enorme que está aqui impossibilita o caminhão de passar”, explica.

Sem os serviços essenciais como a coleta seletiva, os lixos ficam amontoados em frente às casas, o que segundo o morador, deixa o bairro propício à propagação de doenças. Como única alternativa encontrada, os moradores juntam todos os lixos em uma esquina e cerca de quatro moradores, que se revezam, levam as sacolas até um local em que os coletores de lixo consigam pegar.

Entre as ruas com a situação mais crítica estão a Rua Águas da Prata, Rua Matheus Lescano, Rua Damel Bittencourt, Rua Araçatuba e Rua Aluvorcas, conforme o morador.

Ruas intrafegáveis

O morador explica que a situação da rua piora com as chuvas, que descem com força pelas ruas e abrem buracos e crateras, de forma que até os próprios moradores do bairro não conseguem trafegar. “A rua está faz tempo assim, só que ninguém soluciona nosso caos aqui”, desabafa.

“É um bairro jogado”, afirma a moradora e pedagoga Tatiana Soares, de 41 anos. Segundo ela, a Rua Águas da Prata nunca foi asfaltada e, em dias de chuva, o vizinho não consegue nem entrar na garagem. No caso dela, Tatiana aponta que seu carro já teve que passar por muitas manutenções devido aos inúmeros buracos na rua. “Só vive nos mecânicos, aqui a gente sofre ‘pra caramba'”, desabafa.

A moradora também relata que vários caminhões de coleta seletiva já ficaram presos aos buracos. “Fica uma rua suja (…) cheia de lixo, fralda, porque fica aqui parada as coisas”, explica.

A diarista Meire Alves de Almeida, de 43 anos, descreve que o caminhão de coleta seletiva não passa na Rua Matheus Lescano, o que faz com os coletores tenham que descer até sua casa, recolher o lixo e levar até o caminhão de a pé. “Eles pegam e deixam o lixo, carrega até lá embaixo, dá a volta, mas não passa”, pontua. Além disso, os carros de corrida de aplicativo também não conseguem descer a rua. “Só descem até aqui e se chamar de noite também não desce”, conclui.

Em uma tentativa de amenizar a situação da rua, a moradora e profissional autônoma Mayara Gedalva, de 25 anos e outra vizinha reúnem um pouco de terra e depositam no asfalto, para tentar cobrir os buracos. Mayara conta que já caiu de moto em uma rua esburacada do bairro em um dia de chuva, e que o acidente também ocorre frequentemente com outras pessoas. “Direto tem gente caindo ali de moto”, esclarece.

Foto: de França/Jornal Midiamax
Foto: Leonardo de França/Jornal Midiamax

Em nota, a Prefeitura Municipal de Campo Grande informa que a demanda já foi encaminhada à Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) para ser incluída na programação de serviços.

A Solurb informa que as ruas estão transitáveis para o caminhão da coleta de lixo, com exceção de uma quadra da Rua Mateus Lescano, entre as Ruas Damel Bitencourt e Américo Azambuja, onde a coleta está sendo realizada manualmente, visto que o caminhão não consegue trafegar para efetuar a coleta. “Em tempo, informamos que todas as ruas que o caminhão não tem condições de passar são informadas a secretaria de obras para a devida manutenção”.