Na manhã desta terça-feira (4), o advogado Júlio César Evangelista deu entrevista sobre caso que envolve o paciente, ex namorado de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos. O homem, que também é advogado, está preso por suspeita de ter assassinado a ex-presidente do PSL.

Conforme a defesa, o ex de Fernanda nega participação no crime. Para o advogado, as provas são frágeis. “As peças que eu tive acesso do inquérito são muito frágeis, infecundo, estéril para que possa permitir imputar a autoria a quem quer que seja”, disse ao Jornal da Nova durante a entrevista pelo Instagram.

Ainda segundo o advogado, o acusado respondeu a todas as perguntas durante interrogatório na Delegacia de Polícia Civil de Batayporã, responsável pelas investigações. “Se colocou à disposição para ajudar na elucidação do homicídio”, disse. Para a defesa, é estranha a prisão temporária do suspeito.

Já conforme a polícia, o advogado, ex de Fernanda, estaria dificultando as investigações, ocultando pertences ou mesmo tendo lavado roupas e chinelos, omitindo informações e possíveis provas. O relatório do inquérito mostra que o GPS do celular do suspeito registrou movimentações perto da casa da vítima no dia anterior do crime.

Também no dia da morte de Fernanda, o suspeito teria passado perto do local onde o corpo foi encontrado, entre 19h30 e 19h40. A defesa alega que o advogado não tem perfil violento ou homicida, nem histórico de violência e é réu primário, por isso deveria estar em liberdade. Mesmo assim, o pedido de habeas corpus feito na segunda-feira (3) foi negado.

No dia do crime, o suspeito teria como álibi imagens de câmeras de segurança de um posto de combustível, que filmam ele abastecendo. Depois, segundo a defesa, ele teria ido para a casa de amigos e então voltado para casa. Para o advogado Júlio César, o que pesa contra o cliente é o fato do relacionamento que ele teve com Fernanda.

Ainda no curso das investigações, é feita perícia no carro do suspeito e vestígios de sangue teriam sido encontrados. O material passa por análise e deve ser comparado ao DNA de Fernanda. O celular do acusado também é periciado.