Três consórcios foram interditados em Campo Grande por, supostamente, se especializaram em dar golpes nos consumidores. O (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) Estadual e a Decon (Delegacia Especializada do Consumidor) de realizaram a operação após diversas denúncias no órgão, e que foram confirmadas durante a fiscalização, nesta sexta-feira (2).

Alvos da fiscalização, as empresas apresentaram irregularidades suficientes para serem interditadas. Após a interdição da empresa Morel Intermediações Financeiras, mais três empresas também foram lacradas: ALK Intermediações Financeiras, FN Representações e LC Soluções Financeiras. Suas atividades foram suspensas até que, se conseguirem, comprovem a regularidade na prestação de serviços.

Nos três locais onde estiveram as equipes, os problemas se repetiram. Não foram apresentados alvarás de localização e funcionamento, não possuíam autorização do para realizar operações financeiras, item no qual se incluem consórcios, e ficou constatada a ocorrência de publicidade enganosa, por afirmarem entrega imediata dos bens aos consumidores.

Além disso, as empresas se recusavam a devolver os valores recebidos à vista oriundos da adesão dos planos. Os clientes passam por dificuldades, inclusive quanto à tentativa de cancelamento dos contratos.

Em relação ao aludido consórcio, de móveis e imóveis, haviam pessoas no local tentando ressarcimento do que pagaram, com promessa de entrega imediata do bem, o que não ocorreu. Inclusive, um casal de representantes de um idoso que também caiu no golpe.

As ofertas eram tais que havia a divulgação de uma carreta Randon graneleira, ano e modelo 2021, por R$ 148.000,00. O adquirente da cota entregou  R$ 10.500,00 à vista e não recebeu o bem. A justificativa no local seria que o veículo estaria em negociação.

Escondido no armário

Fato até certo ponto curioso. Em um dos locais fiscalizados, um dos responsáveis ficou “apavorado” quando avistou equipe de polícia e fugiu se escondendo em um dos armários da empresa. Por certo, tem alguma culpa e não poderia ser visto pelos policiais. Terminada a ação, tanto fiscais como policiais deixaram o local sem a percepção de que havia ficado alguém.

Horas depois, com a posse do número de telefone de integrantes da fiscalização, o mesmo ligou para pedir que abrissem a porta e o liberassem, o que foi feito dando condições para o cidadão sair. Entretanto, a “prisão” não ameniza os efeitos dos autos que deverão gerar multa.

(Com informações do Procon Estadual).