Em torno de 20% dos funcionários voltaram ao trabalho

A presidente do Senalba-MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), Maria Joana Barreto Pereira, afirma que em torno de 20% dos grevistas retornaram ao trabalho nesta sexta-feira (15), no entanto, a paralisação continua para a maioria dos funcionários que protestam fazendo panelaço.

Cerca de 200 funcionários dos 99 Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e 19 (Centros de Referências de Assistência Social), contratados pela Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) participam de uma manifestação na praça do Rádio Clube de onde vão prosseguir para frente da Prefeitura.

Segundo a presidente do Sindicato, as recreadoras foram coagidas. “Elas foram ameaçadas pela Semed [Secretaria Municipal de Educação] de demissão. Algumas ficaram com medo e voltaram a trabalhar, mas continuaremos em até que haja o reajuste”, declara.

A presidente do Senalba-MS diz ainda que foi informada de que a Semed garantiu que enviaria reforços para que os Ceinfs voltassem a funcionar nesta manhã. “Faremos esta denúncia ao MPE [Ministério Público Federal], falaremos com o promotor da Infância, Adolescência e Juventude, Sérgio Harfouche”, destaca.

A vereadora Luiza Ribeiro (PP), acompanha a manifestação e apoia os grevistas. “O prefeito está sendo intolerante com a greve. Ele não pode enviar pessoas que não sejam qualificadas para ocupar o lugar das recreadores. Isso é ilegal, está fazendo desvio de função”, enfatiza.

Os grevistas reivindicam redução da jornada de trabalho de sete para seis horas, o que já teria sido aceito pelo prefeito, além de reajuste salarial de 9%. O Município destaca que as negociações sobre o reajuste compete às entidades. O valor repassado à Omep e à Seleta é de R$ 5,8 milhões.

A assessoria de comunicação da Prefeitura diz que o município está se “esforçando para que os Ceinfs possam funcionar” e que conta o apoio de voluntários, e de servidores da educação e garante que os contratos dos convênios estão assinados.