Martin Winterkorn, patrão da Volkswagen, diz-se “infinitamente desolado” pela “falha” da marca 

O presidente do Conselho de Administração da Volkswagen voltou a pedir perdão pela “traição da confiança” de milhões de pessoas em todo o mundo e por uma “falha” que não reflete “o que a Volkswagen representa”.

As autoridades norte-americanas afirmam que mais de 500 mil automóveis a diesel das marcas Volkswagen e Audi estão equipados com um software capaz de falsificar testes ambientais.

O construtor automóvel admite que 11 milhões de carros em todo o mundo podem estar equipados com o sistema.

“Peço perdão, muito perdão. As violações destes motores diesel pela nossa empresa, vão contra tudo aquilo que a Volkswagen representa”, afirma Winterkorn num vídeo publicado na página oficial da marca.

“Neste momento não tenho ainda todas as respostas a todas as perguntas. Lamento profundamente ter traído a confiança desta forma. Peço as minhas maiores desculpas aos nossos clientes e ao público em geral pela nossa má conduta”.

O CEO pediu perdão “aos nossos clientes, às autoridades e à opinião pública em geral por esta falha”.

Winterkorn não admite para já demitir-se apesar do escândalo e de vários apelos nesse sentido.

O ministro do Estado da Baixa Saxónia, entidade que detém 20 por cento do grupo Volkswagen, já assegurou que os responsáveis serão despedidos.

Responsáveis sindicais da multinacional já garantiram igualmente que tudo será feito para identicar os responsáveis pela integração do software nos motores das marcas alemãs.

“Posso garantir-vos que faremos todo o possível no conselho de supervisão esta semana para garantir que o assunto é esclarecido o mais rapidamente possível e que se retiram consequências pessoais”, escreveu Bernd Osterloh, representante dos trabalhadores do grupo, numa carta aos empregados publicada pelo diário Bild.