Uma juíza do Rio Grande do Sul determinou que a montadora Volkswagen no Brasil faça um recall de seus modelos Fox, Voyage e Novo Gol do ano 2009/2010 para verificar a ocorrência de desgaste prematuro dos motores desses veículos. A juíza Carla Patrícia Boschetti Marcon Della Giustina expediu a decisão na última segunda-feira, e acrescentou que, em caso positivo, as peças deverão ser substituídas pela fábrica, segundo nota no site do Tribunal de Justiça do Estado. O Ministério Público gaúcho informou em seu site que mais de 400 mil veículos poderão ter seus motores trocados.

Em caso de descumprimento estão previstas multas diárias de R$ 10 mil para a publicação de informativo nos jornais de maior circulação em cada Estado do País e R$ 20 mil para substituição do motor ou seus componentes na hipótese de ruídos, até o valor máximo de R$ 2 milhões.

“A ação Civil Pública foi ajuizada pelo Ministério Público, em 3 de janeiro. Conforme apurado pelo MP, foi detectado que os veículos objetos da ação foram produzidos com um motor que, conforme admitido pela própria Volkswagen, podem apresentar ruídos”, segundo o site da Justiça. “Além dos pedidos liminares, o MP requer, ao final do processo, a indenização individual dos compradores, pelos danos materiais e morais decorrentes da colocação em mercado de um produto com vício de qualidade”, continuou a nota no site da Justiça.

A montadora Volkswagen no Brasil informou neste sábado não ter sido notificada oficialmente da decisão da justiça do Rio Grande do Sul que determinou um recall dos modelos Fox, Voyage e Novo Gol do ano 2009/2010 para verificar a ocorrência de desgaste prematuro dos motores desses veículos.

A juíza Carla Patrícia Boschetti Marcon Della Giustina expediu a decisão na última segunda-feira, e acrescentou que, em caso positivo, as peças deverão ser substituídas pela fábrica, segundo nota no site do Tribunal de Justiça do Estado. A Volkswagen disse que a decisão “surpreendeu” pelo “assunto não envolver questão ligada à segurança”.

“A Volkswagen do Brasil esclarece que não foi notificada oficialmente da decisão judicial. A empresa, em 2009, constatou o inconveniente, que não representava nenhum risco à integridade física e a segurança do consumidor”, informou a montadora em comunicado.

Segundo a empresa, foi realizada uma campanha à época do descobrimento do problema nas autorizadas da marca, em acordo firmado com o Ministério Público de diversos Estados, à exceção do Rio Grande do Sul.