Paciente com suspeita da doença está internado em SC

O prefeito de ,Odilson Arruda Soares (PSDB), nega que o turista que esteve na cidade, e está com suspeita de febre amarela, tenha contraído a doença no município, distante 300 km de Campo Grande. “Nós estamos desenvolvendo o trabalho da municipalidade, principalmente na secretaria de saúde e eu acredito que não foi aqui não que ele adquiriu. Pode ter certeza, porque até agora, não foi apresentado nenhum surto aqui em Bonito e nenhum caso até o presente momento”, declarou.

De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), o turista com suspeita da doença esteve em Bonito entre o dia 25 de dezembro e o dia 2 de janeiro. Natural de Blumenau, Santa Catarina, foi no estado de origem, no dia 15 de janeiro, que ele começou a apresentar os sintomas. Após a viagem em Bonito, ele também esteve em São Paulo.

 

A SES monitora os resultados dos exames junto à Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Além da suspeita de , cuja confirmação, ou não, deve demorar 15 dias para ser divulgada, o paciente também foi diagnosticado com leptospirose.

Mato Grosso do Sul, conforme a SES, integra uma lista de estados considerados endêmicos para a febre amarela, e a situação é motivada pela proximidade com matas e florestas.

Para garantir a imunização da população das áreas de recomendação da vacina, o Ministério da Saúde reforçou o estoque estratégico com mais 11,5 milhões de doses. De forma imediata, a Fiocruz/Biomanguinhos repassará 6 milhões de doses ao Ministério da Saúde. Além disso, a fundação, que é veiculada à Pasta, possui 5,5 milhões de doses que serão entregues de acordo com as solicitações do Ministério.

Vacinação

Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da saúde, Carla Domingues explica que a vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de aproximadamente 95%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura.  “Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo, entre outros. Portanto, mesmo em um momento de intensificar as ações de vigilância da febre amarela, é necessário orientar a população quanto à necessidade de se vacinar”, explica.

Esquema de vacinação – A coordenadora orienta que duas doses, tanto para adultos quanto para crianças, são necessárias. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina, Mato Grosso do Sul integra a lista de áreas.

Contraindicação – “A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o risco de eventos adversos”, explica Carla.

Crianças – De acordo com a coordenadora, a vacina para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). “Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar junto com a febre amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. A criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois”, explica.