Beneficiárias do Bolsa Família terão direito

Por conta do risco da em bebês associada ao vírus da Zika, mais de 70 mil repelentes de mosquitos serão distribuídos em Mato Grosso do Sul. Gestantes beneficiárias do Programa Bolsa Família dos 79 municípios do estado terão direito á proteção. A ação faz parte do programa de prevenção e proteção individual de gestantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica contra o aedes aegypti executada pela SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Os repelentes serão enviados em 7 lotes durante o ano, sendo que a primeira leva de 10.560 frascos foi recebida no dia 20 de fevereiro e foram encaminhados para os nove Núcleos Regionais de Saúde para a distribuição aos municípios. O Ministério da Saúde deixou o cronograma de distribuição a cargo dos municípios.

O uso do repelente reforça a proteção contra o mosquito Aedes aegypti, em especial às gestantes, pela associação do vírus da Zika e o risco da microcefalia em bebês. Porém, a SES alerta que esta não deve ser a única maneira de evitar a transmissão da doença. É importante que as gestantes adotem medidas simples que possam evitar o contato com o Aedes, como se proteger da exposição de mosquitos, manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida.

É importante destacar que, para erradicar o mosquito transmissor do vírus Zika, Febre Chikungunya e Dengue e os seus possíveis criadouros, é necessária a adoção de uma rotina para eliminar recipientes que possam acumular água parada. Locais como pratos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem servir de criadouros para as larvas do mosquito.

Zika em MS

Conforme boletim epidemiológico divulgado pela SES, em Mato Grosso do Sul apenas um caso de Zika foi confirmado em 2017, em um paciente de Corumbá, município 444 quilômetros distante de Campo Grande. Há ainda 29 casos suspeitos e 55 já foram descartados.

Em 2016, até o mês de abril, a SES divulgou dados confirmando 109 casos de gestantes que contraíram o Zika vírus no estado, sendo que mais de 80% de Campo Grande. Também no ano passado, dois casos de microcefalia, associada à Zika durante a gravidez foram registrados em Dourados. Num dos casos, a malformação foi detectada durante a gravidez de uma moradora de Dourados, a 225 quilômetros da capital. O outro caso foi verificado apenas após o nascimento do bebê de uma mãe residente em Caarapó, a 273 quilômetros da capital.