Ela relata pessoas chorando de dor

A consultora de vendas Thais Lima, 38 anos, está à espera de atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, em Campo Grande, e definiu a situação no local está “terrível”. Segundo ela, há pessoas chorando de dor, outras passando mal, médico não chama para atendimento e atendentes ficam no celular.

Thais diz que tem pessoas esperando desde as 6h e nem pela triagem passou. “Quando eu cheguei, por volta das 6h30, por estar com muita dor no corpo e garganta, se via que tinha médicos mas não chamava. Tem sempre a desculpa de troca de plantão e nem para a triagem e saber a gravidade de cada um era feita. Se percebia que as atendentes sem ninguém na sala estavam no celular. Total descaso com a população”.

Segundo a consultora, somente por volta das 8h30 começaram a chamar para fazer a triagem. “Depois de muita demora e muita gente passando mal começaram a chamar para triagem e bem devagar para o atendimento. Eu vi gente com braço quebrado, dores de rim. É muita falta de consideração com o ser humano”.

A assessoria de imprensa Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), informou que isso pode ter sido ocasionado por conta do horário da troca de plantão. “Geralmente a troca dos plantões acontecem às 6h e às 7h da manhã. Neste período de fato fica paralisado os atendimentos, por que os médicos que estavam passam os casos para os que estão entrando”.

“Quanto a triagem, isso independe do médico e é sempre feito logo quando o paciente chega e é classificado pelo mais rave e menos grave, identificado por cores, vermelho e laranja são os mais graves e verde de azul, com menso gravidade. Pela minha escala é para ter seis médicos clínicos gerais no local e feriado não há diminuição de profissionais”, afirmou a assessoria.