Fornecimento de remédio que trata sífilis volta em 15 dias, diz ministra

Penicilina benzatina, conhecida por Benzetacil, está em falta no mercado

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Penicilina benzatina, conhecida por Benzetacil, está em falta no mercado

A ministra interina da Saúde, Ana Paula Menezes, disse nesta terça-feira (23) que o fornecimento da penicilina benzatina, muito conhecida pelo nome comercial Benzetacil, deve voltar ao normal em até 15 dias.

O antibiótico, usado para tratar sífilis e outras infecções, está em falta no setor público e privado. A crise de abastecimento, segundo o ministério, é provocada pela escassez de matéria-prima.

“Daqui 15 dias a situação estará normalizada”, disse a ministra interina” disse ela em um evento sobre saúde realizado em São Paulo nesta manhã. “Não teve nenhuma falha de compra dos gestores. O produtor teve problema com a matéria-prima e isso atrasou a sua distribuilão. O ministério sentou com os laboratórios com a perspectiva de que possam retomar, da maneira mais rápida, a distribuição do medicamento”, afirmou Ana Paula.

Atualmente, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), existem no Brasil quatro empresas com registro válido para produzir a penicilina benzatina, também conhecida como benzilpenicilina benzatina ou penicilina G benzatina. A Eurofarma, que produz o remédio com nome comercial Benzetacil, a Furp (Fundação para o Remédio Popular), o Laboratório Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma Indústria Farmacêutica LTDA.

 

Problema mundial

Segundo o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), que representa boa parte das indústrias farmacêuticas do Brasil, o desabastecimento de penicilina é um problema mundial e a interrupção do fornecimento dos insumos para a produção foi repentina, o que originou o problema.

Além de ser a primeira linha de tratamento contra sífilis, o remédio é ainda usado para tratar outras infecções, como a febre reumática aguda, doença bacteriana que afeta coração, cérebro e articulações.

Em um documento da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2005 sobre o controle de infecções como a febre reumática aguda, o problema do abastecimento de penicilina benzatina já foi citado.

“Nos últimos tempos, tem havido problemas tanto em relação à disponibilidade quanto em relação à qualidade da penicilina benzatina ao redor do mundo. Em muitos países, essa medicação é escassa, e frequentemente está indisponível por períodos prolongados. Ainda mais preocupante, a qualidade da medicação é altamente variável.”

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