Compra de medicamentos por Mercosul beneficia pacientes de MS

Primeira compra será em outubro

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Primeira compra será em outubro

O Ministério da Saúde anunciou que, após acordo firmado na sexta-feira (11), os países do Mercosul agora podem fazer compra conjunta de medicamentos. A primeira compra, de remédios para Aids e hepatite C, será em outubro.

No Mato Grosso do Sul, 219 pessoas foram diagnosticadas com hepatite C em 2014 e, de acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), esses números estão, praticamente, estabilizados nos últimos anos. Até o dia 28 de agosto de 2015, a secretaria já confirmou 37 casos de hepatite c no Estado.

O objetivo desta iniciativa é promover a ampliação da oferta de medicamentos de maneira mais econômica e sustentável para seus respectivos sistemas de saúde. Os preços cobrados para o mesmo medicamento pode ser até cinco vezes maior de um país para outro. O acordo prevê também a criação de um banco de preços de medicamentos e produtos de saúde.

“O esforço conjunto dos países do Mercosul demonstra o compromisso destes países em oferecer para a sua população medicamentos cada vez mais modernos, ampliando o arsenal terapêutico e consequentemente o acesso ao sistema de saúde”, avaliou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.

Segundo a gerente técnica de DST/Aids e hepatites virais da SES, Daniele Martins, “a nova medicação usada para o tratamento da hepatite C (gratuito no SUS) tem uma taxa de cura superior a 90%”.

Sistema de Preços

 

Outra medida importante será a criação de um banco de preços do Mercosul que reunirá detalhes sobre as compras de terá dados como preços das últimas compras, quantitativos, fornecedores, entre outros. A base de dados utilizada será o banco de preço do governo brasileiro. O sistema ficará concentrado no Equador, onde está situada a sede da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).

No Brasil, o orçamento para garantir o acesso aos medicamentos ofertados pelo SUS, em 2014, foi de R$ 12,6 bilhões. Para 2015, considerando o orçamento aprovado, será de R$ 14 bilhões, o que representa um crescimento de 11%. Desde 2010, o Ministério da Saúde implantou ações para aprimorar o uso de recursos, como a compra centralizada de produtos estratégicos – o que já gerou economia de R$ 1,3 bilhão – e negociação direta do Ministério com fornecedores. Atualmente, os medicamentos adquiridos de forma centralizada representam 65% do orçamento, o equivalente a R$ 8,2 bilhões.

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