A relação entre a pedra no rim e a infecção urinária tem intrigado muitos pacientes que sofrem com estas condições dolorosas e frequentes.

Os cálculos renais e as infecções urinárias são males que podem caminhar juntos e trazer sérias complicações.

Neste artigo, explicaremos como a pedra no rim causa infecção urinária, principais sintomas, tratamentos e como prevenir esta situação.

Como as pedra nos rins se formam?

Supersaturação e aglutinação

Quando falamos de supersaturação urinária, nos referimos ao desequilíbrio entre o volume de líquido e a concentração de minerais presentes na urina.

Em situações de baixa ingestão de água, esses minerais, incapazes de serem diluídos adequadamente, começam a se juntar, dando origem aos cristais.

Estes, por sua vez, aderem uns aos outros, criando massas sólidas conhecidas como pedras nos rins.

Por que a desidratação e o calor exacerbam o problema?

No calor, especialmente durante o verão, suamos mais e naturalmente perdemos uma maior quantidade de líquidos.

Desta forma, o corpo fica mais propenso à desidratação e, consequentemente, à supersaturação dos minerais na urina.

Tal fato, explica o agravamento das condições que promovem os cálculos renais nesta época do ano, tornando-se um episódio mais frequente e preocupante.

A conscientização sobre a necessidade da hidratação constante se mostra, portanto, uma ferramenta essencial na prevenção.

A jornada dos cálculos renais até a bexiga

Os cálculos renais, quando deslocam-se do rim em direção à bexiga, podem causar uma obstrução no ureter, que é o canal que comunica o rim até a bexiga.

Esta obstrução gera um aumento súbito de pressão no local que provoca as temidas e intensas cólicas renais.

Estas manifestam-se através de dores fortes na região lombar que podem irradiar para a parte inferior do abdômen e região genital.

A depender do tamanho do cálculo no ureter, localização e da presença de infecção, este pode ser tratado com medicamentos ou com a cirurgia de pedra no rim, que desobstrui e remove o cálculo.

Muitas vezes, a presença dessas pedras está associada a mudanças no fluxo e na frequência urinária, e em casos mais graves, a hematuria, ou seja, presença de sangue na urina.

Esses sintomas são alertas críticos do corpo que sinalizam a necessidade urgente de avaliação e tratamento médico.

Foto: Reprodução

Porque Pedra no Rim Causa Infecção Urinária?

Os cálculos renais, que comumente chamamos de pedra no rim, são conhecidos pelos seus sintomas característicos, como a dor intensa e as cólicas renais.

Contudo, é crucial entender como a pedra no rim causa infecção urinária, uma complicação que muitas vezes pode passar despercebida pelas pessoas que sofrem com esta condição.

A pedra no rim pode causar infecção urinária basicamente de duas formas: ao obstruir o ureter e pela sua simples presença.

A obstrução que uma pedra no rim pode causar ao migrar para o ureter, gera um acúmulo de urina acima da obstrução.

Esta urina possui uma série de bactérias da própria flora do paciente.

No entanto, quando estas se acumulam pode ocorrer uma proliferação das mesmas e o desenvolvimento de uma infecção urinária.

E não é só isso.

Em muitos casos, os cálculos renais são colonizados por bactérias. E nestes casos, mesmo quando eles não obstruem o ureter podem causar infecções urinárias.

Este fenômeno é mais frequente em cálculos de grande extensão e formados por estruvita.

Manifestações Clínicas: Do Diagnóstico ao Tratamento

Compreender as sintomas de pedras nos rins é crucial para um diagnóstico precoce e o início de um tratamento adequado.

Diferente do que muitos pensam estas não se manifestam apenas com dor.

Existem diversos outros sintomas que são tão importantes como a cólica renal que podem passar despercebidos

A seguir falaremos sobre os principais sintomas.

Cólica renal e outros sintomas

A dor causada por pedras nos rins pode ser incapacitante e é frequentemente descrita como uma das piores dores que uma pessoa pode experimentar.

É descrita como uma dor súbita na região das costas, que pode se espalhar até o abdômen e região da virilha, associada a náuseas e vômitos.

No entanto, esta também pode ser acompanhada de alterações urinárias importantes como o aumento da frequência urinária, urgência ou dificuldade para urinar, sangue na urina e até febre (quando associada a infeção urinária).

Opções terapêuticas

Quando se fala em tratamento para pedra no rim, as opções variam desde o tratamento expectante até procedimentos.

O tratamento com medicamentos visam o controle da dor, medicamentos que facilitam a expulsão do cálculo e antibióticos. Esta é uma opção para cálculos pequenos que se impactam no ureter.

Dentre os procedimentos não invasivos o principal é a litotripsia extracorpórea. Esta são as famosas ondas de choque, que são utilizadas normalmente para cálculos discretos no interior do rim.

Quando os cálculos migram e entopem o ureter, o tratamento cirúrgico endoscópico é a principal opção.

O cálculo é fragmentado através de laser e retirado, acompanhado ou não da passagem temporária de um cateter duplo j, que assegura a drenagem adequada de urina.

Eficácia de remédios naturais

Ainda que haja recomendações populares de chás e outros remédios naturais, a ciência ainda não encontrou evidências suficientes que justifiquem o seu uso.

É recomendado sim uma ingesta de líquidos adequada, assim como uma dieta equilibrada e uso de medicamentos classicamente utilizados para tratamento da dor e auxílio na eliminação do cálculo renal.

No entanto, terapias alternativas não devem substituir os tratamentos convencionais.

Estas podem ser utilizadas como tratamentos complementares.

Prevenção das Pedras nos Rins: Estratégias e Cuidados

Quando falamos em prevenir a recorrência das pedras nos rins, é fundamental lembrarmos que uma vez que alguém foi afetado por esse problema, as chances de recorrência são consideráveis, situando-se entre 50 a 60%.

Homens são frequentemente mais predispostos a desenvolver os cálculos renais em comparação com as mulheres.

Logo, compreender e aplicar medidas preventivas torna-se um aspecto crucial no cuidado da saúde renal.

Uma hidratação adequada, com o consumo de, no mínimo, 2 litros de água por dia, é essencial para evitar a formação de novos cálculos.

Os sucos cítricos, como o de limão e laranja, têm papel ativo nesse processo, graças à presença de citrato, que ajuda a prevenir a agregação de minerais que podem formar pedras.

Além disso, a redução na ingestão de sódio e proteínas é fortemente recomendada, pois essas substâncias podem aumentar a concentração de certos minerais na urina, facilitando a ocorrência de cálculos renais.

O controle na ingestão de alimentos e bebidas que contribuem para a formação de pedras, como refrigerantes à base de cola, deve ser uma prática habitual para quem busca reduzir a recorrência das pedras nos rins.

Além das mudanças na dieta e no estilo de vida, é fundamental que indivíduos que passaram por este episódio mantenham acompanhamento médico regular.

Esse cuidado pós-tratamento auxilia na identificação precoce de sinais que possam sugerir uma nova formação de cálculos, possibilitando intervenções rápidas para prevenir maiores complicações, como a infecção urinária.

Orientações específicas e personalizadas sobre os cuidados após o tratamento de pedra no rim e infecção urinária são essenciais, pois cada indivíduo pode apresentar diferentes fatores de risco associados à recorrência das pedras.

Contar com a ajuda de profissionais de saúde especializados no trato urinário e adotar um modo de vida saudável, repleto de boa alimentação e hidratação, são vitais para manter os rins funcionando adequadamente e livres de cálculos.

Conclusão

Neste artigo, explicamos como a pedra no rim causa infecção urinária.

Esta não é apenas uma fonte de dor e desconforto, mas também um potencial precursor de problemas mais graves, como as infecções urinárias e até insuficiência renal.

Portanto, é fundamental se atentar aos sinais e sintomas tanto de pedra no rim quanto de infecção urinária, assim como realizar o tratamento adequado de ambos.

Este post é de autoria de Marco Jean e não faz parte do conteúdo jornalístico do Midiamax.