EXOSS e Clube de  da UFMS têm duas câmeras na cidade

A essa altura do campeonato você já deve saber que Campo Grande tem boas condições de observação de meteoros, popularmente conhecidos como ‘estrelas cadentes'. Mas, para observar o espetáculo astronômico, é preciso ficar de olho no céu. Quem faz isso muito bem são os pesquisadores do projeto de extensão da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Casa da Ciência, que atua pela divulgação e popularização de conteúdos científicos na sociedade. 

Credenciado ao projeto EXOSS, que atua no estudo de meteoros no hemisfério sul, a Casa da Ciência e seus integrantes possuem duas câmeras voltadas para o céu campo-grandense, para captar os fenômenos astronômicos no céu da cidade até quando não tem ninguém de olho nele. “Estas capturas foram feitas pela Estação de Monitoramento de Meteoros da Casa da Ciencia (UFMS), no período de agosto a outubro de 2017”, explica Giovanni Rescigno, estudante UFMS e associado ao projeto EXOSS.

No vídeo, é possível observar dezenas de meteoros que, pelo visto, entram diariamente na atmosfera terrestre. Vale lembrar que, em outubro, uma chuva de meteoros Orionids teve condições de visibilidade bastante favoráveis no Brasil. Porém, Campo Grande estava bem nublada nos dias de atividade máxima do fenômeno.

 

 

Mais chuva de meteoros

Giovanni alerta que para os próximos dias haverá mais uma chuva de meteoros, a ‘Leonids', proporcionada pelos detritos de um cometa descoberto em 1865 e que tem período orbital de 33 anos – sua última observação foi em março de 1997. A expectativa é que esse fenõmeno compense a frustração decorrente da última chuva de meteoros.

A atividade máxima da chuva de meteoros está prevista para ocorrer entre os dias 17 e 18 de novembro e mais uma vez a lua não interferirá na contemplação, pois estará em fase nova. A recomendação para esta observação é, primeiramente, ter paciência e procurar os lugares menos luminosos da cidade. E torcer para o céu estar limpo.

“É preciso ter paciência, buscar um local confortável, sentar, relaxar e esperar. Não é preciso olhar somente para um lado do céu, pois os meteoros podem surgir de qualquer ponto, a partir do leste. Mas, a melhor região do céu para ver é o zênite, no alto do céu, onde a escuridão é maior e o brilho dos meteoros será mais fácil de identificar”, aponta Giovanni, que sugere que os celulares sejam desligados. “A luz da tela dificulta a adaptação dos olhos ao escuro”, explica.

Giovanni também pede que, caso se observe um meteoro com sucesso, que se registre um relato no site exoss.imo.net. Quem relata um meteoro ou bólido recebe um certificado (veja foto na galeria). Outras informações sobre o EXOSS pelo site da entidade: http://press.exoss.org/.