Dono de empresa alvo de busca e apreensão durante operação da PF (Polícia Federal) contra grilagem de terras da União em Mato Grosso do Sul também já foi alvo de multa do Ibama por incêndio no Pantanal no ano passado.
Em outubro do ano passado, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estava identificando e multando responsáveis pelos incêndios registrados no Pantanal de MS.
As penalidades surgiram após fiscalizações do Ibama, com auxílio de imagens de satélite geradas pelo Nugeo (Núcleo de Geotecnologias) do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), além da realização de perícias nas áreas afetadas e investigações da PF (Polícia Federal).
Assim, o dono da Toposat Ambiental Ltda (CNPJ 05.296.337/0001-01), Mário Maurício Vasquez Beltrão, recebeu uma multa de R$ 390 mil em março do ano passado, em Corumbá. A empresa já recebeu R$ 2.142.550,34 em contratos com o Governo Federal desde 2014.

Conforme informações oficiais disponibilizadas no Portal Transparência do Governo Federal, a Toposat recebeu 36 pagamentos da União por serviços prestados. A reportagem esteve na empresa acompanhando as buscas e apurou que também haveria apreensão de veículos. Entre elas, uma Volvo XC40, que foi manobrada e retirada do estacionamento pelos agentes.
Investigação da PF aponta que grupo criminoso se apropriava de terras da União localizadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro de forma ilegal mediante pagamento de propina a servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). O objetivo era vender cotas de reserva ambiental.
Infratores usaram destruição do fogo
Conforme o Ibama divulgou na época, alguns dos casos ainda diziam respeito a infratores que se aproveitavam da “limpeza” de vegetação causada pelo fogo. Eles abriam novas áreas de pastagem para o gado de forma ilegal.
Todos os multados cometeram crime contra o Pantanal. No caso dos infratores de MS, os crimes dizem respeito à devastação do bioma de maneira direta ou indireto. Em último caso, até deixando de aplicar técnicas de manejo do fogo, ou de prevenção a incêndios.
Operação contra grilagem
Agentes da PF (Polícia Federal) cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e 1 em Rio Brilhante em ação contra grilagem de terras em Mato Grosso do Sul.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, um dos locais visitados pelos agentes foi a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), no Parque dos Poderes. A autarquia estadual tem supervisão da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), pasta comandada por Jaime Verruck.

Na autarquia estadual, a PF levou documentos, celulares e notebook. As investigações suspeitam de que servidores receberiam propina para fraudar títulos de terras da União. Elas estão localizadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, no Pantanal.
Também foram alvo da ação fazendeiros, empresários e servidores. Assim, a PF também cumpriu mandados em dois condomínios de luxo em Campo Grande.
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