Mesmo com a queda, a moeda norte-americana continua acima de R$ 2,70

dólar comercial fechou em baixa nesta terça-feira (6) após duas altas seguidas, mas continuou acima de R$ 2,70. A queda de hoje foi de 0,25%, a R$ 2,702 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 0,6%.

O otimismo do mercado em relação ao anúncio da equipe do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, compensou a preocupação nos mercados externos com a contínua queda dos preços do petróleo.

“A equipe (de Levy) foi bem recebida, o que traz um pouco de tranquilidade ao câmbio depois de tanta pressão externa”, disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, à agência de notícias Reuters. Para Carvalho, o dólar deve permanecer em torno de R$ 2,70 nas próximas semanas.

Na véspera, Levy anunciou Marcelo Barbosa Saintive como o novo secretário do Tesouro Nacional, no lugar de Arno Augustin, e Jorge Rachid para a Receita Federal.

 

Os investidores, no entanto, ainda mostravam dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de economia para pagamento dos juros da dívida, o chamado superavit primário, que equivale a 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.

Atuação no mercado de câmbio

 

O Banco Central manteve seu programa de intervenções, mas agora com metade da oferta. O programa oferece contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

 

Foram vendidos 2.000 contratos de swap: 1.200 para 1º de setembro e os outros 800 para 1º de dezembro deste ano.

O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 2 de fevereiro. Foram vendidos 10 mil contratos: 1.000 com vencimento em 3 de novembro deste ano, e os outro 9.000 para 1º de fevereiro de 2016.

A operação movimentou o equivalente a US$ 486,4 milhões. Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 1,462 bilhão, ou cerca de 14% do lote total, correspondente a US$ 10,405 bilhões.