‘Aurora polar’ é achada fora do Sistema Solar pela 1ª vez
Brilho luminoso é quase um milhão de vezes mais brilhante auroras polares
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Brilho luminoso é quase um milhão de vezes mais brilhante auroras polares
Uma equipe internacional de cientistas identificou pela primeira vez um fenômeno semelhante às auroras polares da Terra fora do Sistema Solar.
Os cientistas conseguiram detectar uma exposição de luz ao redor de uma anã marrom na constelação de Lira.
Eles dizem que o brilho luminoso se parece com o das auroras polares, mas é quase um milhão de vezes mais brilhante e tem a cor vermelha (e não verde) como predominante.
As descobertas foram divulgadas na publicação científica .
Stuart Littlefair, astrônomo da Universidade de Sheffield, diz que a descoberta é inédita. “Essa é a primeira vez que conseguimos confirmar que estamos vendo auroras em anãs marrons”.
Interação de partículas
Auroras brilhantes são alguns dos fenômenos mais deslumbrantes da Terra. Este brilho luminoso também pode aparecer em torno de todos os planetas do nosso Sistema Solar.
Elas ocorrem quando partículas carregadas do Sol interagem com a atmosfera.
Mas a anã marrom iluminada, um objeto que é muito pequeno para ter se tornado uma estrela, mas com massa muito grande para ser um planeta, fica bem longe na galáxia.
Chamada LSRJ1835, ela foi vista no observatório de radioastronomia Very Large Array usando os telescópios óticos Hale e Keck.
Os cientistas avistaram o objeto conforme ele rodava rapidamente e observaram como as luzes mudavam.
“As mudanças no brilho eram consistentes, o que é algo que você esperaria ver em auroras”, explicou Littlefair.
A aurora na anã marrom é majoritariamente vermelha porque as partículas carregadas estão interagindo principalmente com o hidrogênio na sua atmosfera. Na Terra, o brilho esverdeado é causado conforme os elétrons do Sol atingem os átomos de oxigênio.
No entanto, os cientistas ainda estão confusos sobre como aquele show de luzes foi gerado.
A anã marrom é como uma estrela que ‘falhou’ e não há outra estrela como o Sol nas proximidades para explodir as partículas carregadas.
“É possível que o material esteja saindo da superfície da anã marrom para produzir seus próprios elétrons”, disse Littlefair.
Outra opção é um planeta ou lua ainda não identificados ao redor da anã marrom esteja expelindo material para gerar as luzes.
Algumas auroras de Júpiter são produzidas dessa forma, quando partículas carregadas são emitidas por vulcões em suas luas.
Planeta ou estrela?
A descoberta também está ajudando os cientistas a entender melhor as anãs marrons.
Existe algum debate sobre a definição delas como ‘estrelas’ ou como ‘planetas’.
“Se você está trabalhando com anãs marrons, faz diferença se você os considera estrelas pequenas ou planetas grandes”, afirma Littlefair.
“Nós já sabemos por observações em anãs marrons que eles têm nuvens na atmosfera. Agora, sabemos que elas também têm auroras, então temos uma razão ainda maior para considerar uma anã marrom como uma versão de maior escala dos planetas do que uma versão de menor escala de estrelas.”
Notícias mais lidas agora
- Em alerta, Rio Taquari está 70 cm acima do nível normal e chuvas elevam risco de inundações em Coxim
- Branco de novo? Busca por ‘lookinhos’ para Réveillon se torna desafio em Campo Grande
- Operação Natal: mortes nas rodovias federais de MS reduziram 66% em comparação com o ano de 2023
- Criança de 10 anos morre depois de ser atropelada por motorista bêbado em MS
Últimas Notícias
Assunção entra na disputa pelo Pan 2031 e coloca pressão no COB
A escolha da sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031 será anunciada em agosto de 2025
Homem é encaminhado para a delegacia após violação de domicílio na Mata do Jacinto
Às autoridades, ele informou estar fugindo de pessoas com as quais possui dívidas por drogas
Sisu 2025: inscrições começarão em 17 de janeiro
Processo seletivo será constituído de uma única etapa
Idoso atropelado em avenida de Sidrolândia morre em hospital
A vítima foi atropelada nesta quinta-feira
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.