Com mais de 70 anos, idoso supera limitações e se destaca em capacitação rural

Idoso, deficiente visual e auditivo e tipo físico delicado. Essa poderia ser a descrição de uma pessoa que, diante das limitações, se daria o direito de estar afastado de qualquer tipo de trabalho ou sem expectativas de novos projetos. Entretanto, este perfil é de um simpático e ativo senhor que, não por acaso, no auge […]

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Idoso, deficiente visual e auditivo e tipo físico delicado. Essa poderia ser a descrição de uma pessoa que, diante das limitações, se daria o direito de estar afastado de qualquer tipo de trabalho ou sem expectativas de novos projetos. Entretanto, este perfil é de um simpático e ativo senhor que, não por acaso, no auge dos seus 71 anos ganhou o apelido de ‘Guri’.

José Inácio Ribeiro é morador do Assentamento Sete de Setembro, em Terenos, e se destacou recentemente ao participar da capacitação em Horticultor Orgânico, desenvolvido pelo Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul. A qualificação foi realizada de março e maio deste ano, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec.

Ao final do curso, Guri escreveu uma carta escrita em forma de poema e linguagem em rimas demonstrando a satisfação do aluno com a formação recebida. “Foi uma sorte ter a oportunidade de participar desse curso. Além de melhorar a renda, pretendia produzir alimentos livre de produtos químicos, totalmente naturais e benéficos para a saúde. Consegui esse conhecimento e sou muito grato ao professor Carlos e ao Senar, por isso decidi escrever o poema”, relatou.

Criado no campo, José Inácio decidiu tentar a vida no meio urbano. Trabalhou em um órgão público e teve seu negócio próprio por 25 anos. Mas, a saudade da vida rural fez com que ao se aposentar do ofício de mecânico de bicicletas, retomasse suas raízes. Nem mesmo o fato de um glaucoma ter afetado totalmente a visão de um dos olhos e comprometer a visão de outro olho, além da necessidade do uso de aparelho auditivo fez com que o assentado desistisse.

O dinamismo do aluno e os resultados obtidos com a turma do assentamento foram surpreendeu o instrutor. “Desde o início percebi que se tratava de alunos especiais, interessados e com entusiasmo diferenciado nas aulas. Além disso, tem grande senso cooperativista, o que é determinante para bons resultados no trabalho da agricultura familiar”, reconheceu Crestani.

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