A Casa Branca reduziu nesta sexta-feira a previsão de crescimento dos Estados Unidos para 2012 e 2013, pouco depois de o Departamento de Comércio informar que a economia cresceu 1,5% no segundo trimestre – menos que os 2% dos três primeiros meses deste ano.

Segundo o relatório semestral do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) da Casa Branca, os Estados Unidos crescerão 2,3% neste ano, abaixo dos 2,7% antecipados em fevereiro.

A Casa Branca antecipa um crescimento de 2,7% em 2013, menos que os 3% previstos anteriormente.

Jeffrey Zients, diretor interino da OMB, reconheceu que a economia americana “ainda enfrenta ventos contrários”.

O relatório da OMB projeta um crescimento econômico mais forte entre 2014 e 2018 e, a longo prazo, prevê um crescimento real do PIB a uma média de 2,5%, o que praticamente permanece sem mudanças em relação a relatórios anteriores.

Apesar de revisar para baixo os números de crescimento para este ano e o próximo, a Casa Branca antecipa que o desemprego “diminuirá gradualmente”.

Segundo a OMB, a taxa de desemprego – um tema dominante na campanha presidencial – chegará a 8% neste ano e cairá para 7,7% no próximo, contra os 8,9% e 8,6%, respectivamente, previstos em fevereiro.

O relatório atribui boa parte dessa melhora no panorama à lei de estímulo econômico que o presidente Barack Obama promulgou em fevereiro de 2009 para incentivar a recuperação da economia.

Essa lei incluiu US$ 787 bilhões em benefícios fiscais para famílias e empresas, ajudas de desemprego e fundos para projetos de infraestrutura, entre outros programas.

Também hoje, a Casa Branca revisou para baixo o déficit fiscal para 2012, para US$ 1,2 trilhão, ou seja, US$ 116 bilhões a menos que o número (pouco mais de US$ 1,3 trilhão) projetado em fevereiro.

O rebaixamento do déficit reflete tanto uma redução nos níveis de despesas como nas receitas, que foram menores que o esperado pelas autoridades, segundo o Escritório de Gestão e Orçamento. Como porcentagem do PIB, a projeção do déficit de 2012 será de 7,8%, menos que os 8,5% previstos no começo do ano.