O Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) abriu hoje (25) sua 34ª sessão, da qual participarão 800 especialistas, representando 187 países. Até o dia 3 de agosto, eles vão analisar a lista de itens do Patrimônio Mundial da Unesco. Dessa análise sairá decisão sobre a permanência de 31 itens que já têm o título de patrimônio, mas são considerados “em perigo” pela organização.

Os especialistas avaliarão ainda 41 itens que pleiteiam entrada na lista. Ao chegar para a abertura do evento, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, ressaltou que o Brasil não tem nenhum de seus 17 patrimônios mundiais ameaçados de perder o título. Segundo ele, isso é parte da valorização do Brasil no contexto internacional.

“É o reconhecimento da comunidade da Unesco de que o Brasil vem fazendo o dever de casa. Não temos um sítio sequer na condição de sítio ameaçado. Desde a fundação do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] no início do século passado, viemos construindo uma política de patrimônio que foi consolidada no governo Lula”, afirmou o ministro.

Juca Ferreira disse que tem expectativa de que o grupo aprove a inclusão da Praça de São Francisco, na cidade sergipana de São Cristóvão, como mais um dos patrimônios culturais que o Brasil tem na lista da Unesco.

A praça do período colonial é o único item com o qual o Brasil vai concorrer este ano. Os representantes da Unesco também vão discutir a situação de três patrimônios que estão em áreas de conflito.

Um deles é uma região de Jerusalém pela qual palestinos e israelenses estão brigando. O outro, fica no Kosovo, numa área requisitada pela Sérvia. E o terceiro é objeto de contenda entre a Tailândia e o Camboja.