O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negaram liberar valores bloqueados do contador João Antonio de Freitas Silva, acusado de ajudar o ex-diretor da Apae, Paulo Henrique Muleta de Andrade, a se desfazer de R$ 900 mil, que seria de origem ilícita.
Aliás, no início do mês, a Justiça também negou pedido de Muleta para desbloquear R$ 42.415,52, já que seriam para o sustento de sua família. No entanto, o juiz Deyvis Ecco apontou que “há indícios de que os valores bloqueados, no montante de R$ 42.415,52, possuem origem ilícita“.
As investigações do Gaeco (Grupo de Apoio de Combate ao Crime Organizado) revelaram que Muleta e seu contador, João Antônio de Freitas Silva, ‘distribuíram’ R$ 1.117.509,99 em poucos dias após a deflagração da Operação Turn Off.
Assim que Muleta deixou a prisão, em 2023, ele tentou se desfazer dos valores para evitar bloqueio.
Os dois são investigados pelos desvios de R$ 8,9 milhões da Apae, entidade que auxilia crianças excepcionais.
Contador ajudou a se desfazer de R$ 900 mil para evitar bloqueio
Conforme as investigações, Paulo Henrique Muleta Andrade e seu contador João Antônio de Freitas Silva ‘distribuíram’ R$ 1.117.509,99 em poucos dias após a deflagração da Operação Turn Off, que resultou na prisão de Muleta, além de empresários e servidores por fraudes em contratos na saúde e educação com o governo do Estado.
Conforme investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), tão logo Muleta deixou a prisão, em dezembro de 2023, iniciou processo de ocultação de valores ilícitos, para evitar o bloqueio do dinheiro.
Consta no pedido de prisão assinado pelo juiz Robson Celeste Candeloro, que Muleta transferiu R$ 585.809,09 da conta de uma de suas empresas de fachada, a Estomacare Produtos Hospitalares, para sua conta pessoal.
Depois, transferiu R$ 198 mil da conta da JA Comércio de Produtos Hospitalares para a conta de João Antônio. Em seguida, mais R$ 333.700,00 da Mimedical Comércio e Distribuidora também para a conta do contador, que se desfez de R$ 900 mil para contas de terceiros.
Assim, o Gaeco ressalta que “em poucos dias, quase 01 (um) milhão de reais desviados da Apae, no âmbito do Convênio com o Estado, são transferidos para terceiro”.
A manobra considerada lavagem de capitais teve objetivo de evitar bloqueio de suas contas, já que passaram a ser investigadas após a Turn Off.
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Segunda prisão
Devido à movimentação financeira e suposta intenção de fugir do país, o juiz argumentou que “as medidas cautelares não se mostraram suficientes”. Logo, deferiu a prisão preventiva de Paulo Andrade.
A prisão ocorreu em meio às investigações, iniciadas em 2021, que apura desvios de R$ 8.066.745,25 na entidade. Os valores eram repassados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) para tratamento de pacientes ostomizados. O Gaeco revelou que o então coordenador, juntamente com empresários e agentes públicos, se utilizavam de empresas de fachada para simular vendas para a rede pública de saúde.
A primeira prisão ocorreu em novembro de 2023, durante deflagração da Operação Turn Off, que revelou esquema de desvios de contratos que superam os R$ 68 milhões.
A ação também denunciou os empresários Lucas Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Junior. Além do ex-secretário de educação, Edio Antônio Resende de Castro, além dos então servidores, Thiago Haruo Mishima e Simone de Oliveira Ramires Castro.
Já referente a prisão desta segunda-feira, o Gaeco informou que Muleta tentou obstruir as investigações ao tentar se desfazer de R$ 500 mil para evitar bloqueio. Além disso, o Gaeco afirma que o ex-coordenador pediu cidadania italiana para deixar o país.
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