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Transparência

Federação de Futebol diz que Cezário transferiu mais de R$ 2 milhões da entidade a parentes

Justiça analisa pedido de Cezário para voltar ao cargo
Gabriel Maymone -
futebol cezário
Federação de Futebol teve seu 'rei' deposto após 26 anos (Arquivo, Jornal Midiamax)

A FFMS (Federação de de Mato Grosso do Sul) se manifestou em processo judicial em que Francisco Cezário de Oliveira move para tentar voltar ao cargo de presidente da entidade. Filiados destituíram Cezário após Assembleia Extraordinária, realizada em outubro de 2024.

A ação é movida por Cezário para tentar voltar ao cargo ‘no tapetão’. A Justiça já havia barrado a volta do ‘rei’ do futebol de MS, que comandou a entidade por 26 anos. No entanto, o ex-mandatário entrou com recurso e aguarda julgamento.

No pedido, o ex-mandatário alega que a destituição teria infringido normas, já que não teria sido aberto um procedimento administrativo antecedente à destituição do cargo. Também, a defesa de Cezário informou que seu cliente não teria sido notificado pessoalmente para apresentar defesa.

À Justiça, a FFMS apontou que a destituição seguiu todos os trâmites legais, com direito à ampla defesa, que foi exercida pelo de Cezário, durante a assembleia.

Leia também – Após escândalo e prisão, associados decidem destituir Cezário da Federação de Futebol de MS

À reportagem do Jornal Midiamax, o advogado de Cezário, Júlio César Marques, confirmou que fez sustentação oral na assembleia, mas alega que a destituição foi irregular. “Eles tomaram decisão com base na acusação do Gaeco, sem apuração própria, que o estatuto prevê”, pontuou.

Para o advogado, a destituição deve ser anulada por não ter seguido o estatuto. “O procedimento interno de apuração determina que seja instaurado o procedimento, que não se resume a uma assembleia extraordinária. Eles usaram investigação do Gaeco que nem foi julgado o mérito [na Justiça] ainda”, completou.

Gestão irregular e temerária, diz FFMS

No entanto, a entidade alega que os motivos que levaram a quase 70% dos filiados a destituírem Cezário do cargo foi por ter conduzido gestão “irregular e temerária”.

Dessa forma, a FFMS justificou várias situações evidenciadas pela Operação Cartão Vermelho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao ), que expuseram situações que ‘não coadunam com as boas práticas administrativas’ da federação.

Então, apontou alguns fatos para justificar a destituição: “Transferiu mais de R$ 2 milhões para parentes, omitiu informações de balanços financeiros, falsificava carimbos de estabelecimentos comerciais entre tantos atos de g estão que não coadunam com as boas práticas administrativas”, diz trecho da petição anexada na segunda-feira (10) aos autos.

Por fim, a entidade considerou: “Sobre os atos de gestão irregular e temerária, os mesmos foram objeto de uma criteriosa análise jurídica que foi divulgada previamente, juntamente com a publicação do edital de convocação, para todos os filiados e diretores da entidade, inclusive para o presidente afastado e ora AGRAVANTE, que é subordinado ao Estatuto da entidade como qualquer outro filiado, possuindo o dever de respeitar e cumpriras normas internas da instituição”, para a Justiça negar o pedido de Cezário.

O recurso será apreciado pela 4ª Câmara Cível e a relatora do processo, juíza Cíntia Xavier Letteriello, já havia negado liminar para Cezário voltar ao cargo até a decisão do colegiado.

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Assembleia extraordinária destituiu Cezário do cargo

No dia 14 de outubro, assembleia extraordinária realizada pela FFMS destituiu Francisco Cezário do cargo de presidente da entidade. A assembleia foi convocada pelo presidente interino Estevão Petrallas.

O ex-mandatário da FFMS foi preso no âmbito da operação “Cartão Vermelho”, acusado de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele está em liberdade provisória, usando tornozeleira eletrônica, enquanto aguarda julgamento. Ele permaneceu 28 anos à frente da entidade.

Na assembleia, foram avaliados os atos do gestor. Coube aos associados deliberar sobre as consequências e penalidades previstas no estatuto. A defesa de Cezário contestou a legalidade do ato administrativo e diz que vai recorrer na Justiça.

Assim Petrallas foi eleito para comandar a entidade interinamente até as próximas eleições, marcadas para abril deste ano. O eleito irá comandar a FFMS até o fim do mandato que seria conduzido por Cezário, que termina em 2027.

Leia também – Réu por desvio de R$ 10 milhões, Cezário pede suspensão de eleição para presidente da FFMS

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