Três moradores de MS já foram condenados a pagar R$ 30 milhões por atos do 8 de janeiro

Quarto réu é julgado nesta semana

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Manifestantes no ato de 8 de janeiro (Agência Brasil)

Além do morador de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, Diego Eduardo de Assis Medina, outros dois sul-mato-grossenses também já foram condenados por participarem dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A primeira sentença publicada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) é a de Eric Prates Kobayashi, em 6 de fevereiro. Eric foi condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão, além do pagamento do valor mínimo indenizatório a título de danos morais coletivos de R$ 30 milhões.

Outro réu já condenado é Ilson César Almeida de Oliveira. A sentença foi publicada em 7 de fevereiro e também compreende os 16 anos e 6 meses de reclusão, além da multa de R$ 30 milhões.

Nesta semana, é julgado Ivair Tiago de Almeida. O plenário do STF condenou os réus por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF) foram invadidas e depredadas.

Com as últimas sentenças, o total de condenados chega a 86. As penas variam de 3 a 17 anos de prisão e todos os julgamentos ocorreram no plenário virtual, com votos depositados por via eletrônica.

Na última decisão, que condenou Diego Eduardo, a maioria dos ministros acompanhou o relator, ministro Alexandre de Moraes, que votou pela condenação dos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os ministros Luís Roberto Barroso, Nunes Marques e André Mendonça divergiram, em parte, para condenar os réus por um número menor de crimes. Por fim, prevaleceram as penas propostas por Moraes, que variam de 12 a 17 anos de prisão.

Todos foram acusados pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Além dos outros 14 condenados, Diego terá que pagar uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, de modo solidário. Todos os condenados até o momento integram o grupo de pessoas que participou diretamente dos atos violentos.

As investigações contra autoridades omissas, financiadores e mentores intelectuais dos atos golpistas seguem em andamento. Na terça-feira (20), o STF tornou réus sete integrantes da antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), todos acusados de omissão no caso.

Além de Diego, também foram condenados nesta semana Adalgiza Maria Dourado, Alessandra Faria Rondon, Ana Carolina Isique Guardieri Brendolan, Andre Luiz Barreto Rocha, Crisleide Gregorio Ramos, Daniel Soares do Nascimento, Ines Izabel Pereira, Joelton Gusmao de Oliveira, Levi Alves Martins, Luiz Fernando de Souza Alves, Nara Faustino de Menezes, Regina Aparecida Modesto, Tiago dos Santos Ferreira, Valeria Rosa da Silva Oenoki.

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