Promotoria vai acompanhar licitação para parquímetro e distribuição do crédito de R$ 3,5 milhões

Valor está em poder da empresa que antes explorava o serviço

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Imagem ilustrativa (Henrique Arakaki, Midiamax)

Com o projeto de lei aprovado na Câmara Municipal de Campo Grande, para novo sistema de estacionamento rotativo na região central, procedimento administrativo foi instaurado para acompanhar o processo. O projeto do Executivo foi aprovado no dia 9 de abril.

Conforme detalhado no procedimento, assinado pelo promotor Luiz Eduardo Lemos de Almeida, da 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, será acompanhada a fase interna ou preparatória da licitação para concessão do parquímetro.

Também será feito o acompanhamento de como o valor de aproximadamente R$ 3,5 milhões, que está em poder da Metropark Administração Ltda, será destinado para crédito em favor dos usuários do serviço.

Assim, servidoras foram nomeadas para o trabalho já no dia 10 de abril.

Volta do parquímetro

Projeto de lei n. 11.295/24, que autoriza a exploração de sistema de estacionamento rotativo pago nas ruas de Campo Grande, foi aprovado com 21 votos na Câmara. Já a maioria da população reprovou a decisão, uma vez que estacionar nas ruas do Centro da Capital ficará 60% mais caro.

No centro da cidade, onde há bastante fluxo de veículos – e encontrar um estacionamento de rua não é tarefa fácil -, a maioria discorda da cobrança estipulada em R$ 4,40 a hora.

O operador de máquinas Marcos Roberto Dias, de 51 anos, discorda do estacionamento rotativo pago. “É horrível cobrar para que o veículo fique na rua, sem nenhuma segurança. Se acontece alguma coisa, a responsabilidade é toda do proprietário. Então vai pagar para quê? Não tem motivo para cobrar por isso”, defende.

Funcionário Público, Carlos Jacobina Neto, de 60 anos, também é contra a cobrança do estacionamento rotativo pago. “Não concordo porque não oferece segurança nenhuma. A população vai pagar e não vai ter retorno, segurança nenhuma”, ressalta.

“Não deveria existir isso. O centro está parado porque muita gente não tem dinheiro para pagar estacionamento. Deveria ser livre”, afirma a cabeleireira Juliely Spiller, de 28 anos.

Na contramão da maioria, o motoentregador defende que a cobrança é justa e traz benefícios principalmente para os comerciantes.

“Eu acho justo, principalmente, por causa dos comerciantes porque isso permite rotatividade no comércio. Com a falta do parquímetros, muitos deixam os carros estacionados o dia todo”, pontua.

Campo Grande está sem parquímetro desde março de 2022, quando a FlexPark deixou a concessão. Neste mês, o município anunciou que iria lançar licitação para contratar a nova empresa para administrar a cobrança do estacionamento rotativo.

A proposta foi aprovada e parte do valor cobrado deverá ser revertido em melhorias em pontos e terminais de ônibus.

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