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Transparência

Francisco Cezário é preso novamente em Campo Grande e levado pelo Gaeco

Ex-dirigente da FFMS é réu por desvios de R$ 10 milhões
Gabriel Maymone, Victória Bissaco -
Cezário flagrado pela reportagem preso em casa e levado de caminhonete pelo Gaeco (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O ex-dirigente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, 78, foi preso novamente na manhã desta quarta-feira (28). Informações iniciais dão conta de que ele teria descumprido determinações judiciais decretadas para manter sua prisão domiciliar.

Com isso, agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) estiveram na casa do ex-mandatário, no bairro Taveirópolis, para cumprir novos mandados de busca e apreensão, além de efetuar a prisão de Cezário.

Cezário é réu por desvios de R$ 10 milhões do futebol sul-mato-grossense e já havia sido preso em maio deste ano, na Operação Cartão Vermelho. Ficou 15 dias atrás das grades e se livrou com tornozeleira após passar mal ao saber do falecimento da irmã, no início de junho.

A irmã – e advogada de Cezário -, Francisca Rosa de Oliveira, comentou sobre a prisão com a imprensa. “Fomos pegos de surpresa. Não sabemos o que está acontecendo, estamos evitando todo e qualquer motivo para isso [descumprimento de ordem judicial]”.

Agentes do Gaeco deixaram o local com alguns malotes de documentos apreendidos.

Agentes do Gaeco deixam casa de Cezário com malote de objetos apreendidos (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Cezário é denunciado por chefiar esquema que desviou R$ 10 milhões do futebol de MS

Francisco Cezário de Oliveira e mais 11 pessoas foram denunciadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelos crimes de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais.

Conforme a denúncia baseada nas investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o montante desviado pelo grupo de Cezário superou os R$ 6 milhões apurados inicialmente. Logo, apurou-se que os valores podem ultrapassar os R$ 10 milhões, segundo o Gaeco.

Ainda, na denúncia, o MPMS pede pagamento para reparação de danos no valor de R$ 20 milhões, sendo R$ 10 milhões para reparar os prejuízos causados à FFMS e o restante a título de danos morais coletivos.

Operação Cartão Vermelho na Federação de Futebol de MS (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

Outros 11 acusados de integrar o grupo também foram denunciados, confira:

  • Aparecido Alves Pereira (Cido): árbitro e ex-funcionário da FFMS; integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais;
  • Francisco Carlos Pereira (sobrinho de Cezário): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira: ex-servidor municipal lotado na secretaria de gestão; integrar organização criminosa, furto qualificado e lavagem de capitais;
  • Umberto Alves Pereira (Beto), apontado como principal operador do esquema: integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais;
  • Valdir Alves Pereira (sobrinho de Cezário); integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Rudson Bogarim Barbosa (funcionário da FFMS): integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado e falsidade ideológica;
  • Jamiro Rodrigues de Oliveira (Miro): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marco Antônio Tavares (Vice-presidente da FFMS e dono da empresa MTavares Eventos): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marcos Paulo Abdalla Tavares (filho de Marco Antônio Tavares): furto qualificado;
  • Marco Antônio de Araújo (Marcão), proprietário da empresa Invictus Esportes – que recebia valores da FFMS para fornecer uniformes aos clubes: peculato;
  • Luiz Carlos de Oliveira (irmão de Cezário): furto qualificado.

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