Gaeco cumpre novo mandado de prisão contra Francisco Cezário em Campo Grande

Ex-dirigente já havia sido preso em maio por chefiar desvios de R$ 10 milhões do futebol de MS

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cezário futebol
Cezário foi preso durante Operação Cartão Vermelho, do Gaeco (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) estão na manhã desta quarta-feira (28) cumprindo mandado de prisão contra o ex-dirigente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, os agentes também estão cumprindo mandados de busca e apreensão no local. Não há mais detalhes sobre os motivos da nova prisão.

Prisão de Cezário e desvios de R$ 10 milhões na FFMS

O mandatário afastado do futebol sul-mato-grossense ficou preso por 15 dias acusado de chefiar grupo que teria desviado mais de R$ 10 milhões da entidade.

Foi solto por decisão liminar da desembargadora Elizabete Anache, da 1ª Câmara Criminal, no dia 6 de junho.

O dirigente afastado passou mal ao sofrer princípio de infarto e foi internado às pressas no Hospital da Cassems, onde passou por procedimento de cateterismo.

Após passar mal, conseguiu decisão judicial para sair da prisão.

Cezário é denunciado por chefiar esquema que desviou R$ 10 milhões do futebol de MS

Operação Cartão Vermelho na Federação de Futebol de MS (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

Francisco Cezário de Oliveira, 77 anos, e mais 11 pessoas foram denunciadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelos crimes de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais.

Conforme a denúncia baseada nas investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o montante desviado pelo grupo de Cezário superou os R$ 6 milhões apurados inicialmente. Logo, apurou-se que os valores podem ultrapassar os R$ 10 milhões, segundo o Gaeco.

Ainda, na denúncia, o MPMS pede pagamento para reparação de danos no valor de R$ 20 milhões, sendo R$ 10 milhões para reparar os prejuízos causados à FFMS e o restante a título de danos morais coletivos.

Procurado pela reportagem, o advogado de defesa de Cezário, André Borges, comentou sobre a denúncia: “Defesa no momento está concentrada na obtenção da liberdade; logo adiante Cezário se defenderá e terá muito a dizer e comprovar”.

Outros 11 acusados de integrar o grupo também foram denunciados, confira:

  • Aparecido Alves Pereira (Cido): árbitro e ex-funcionário da FFMS; integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais;
  • Francisco Carlos Pereira (sobrinho de Cezário): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira: ex-servidor municipal lotado na secretaria de gestão; integrar organização criminosa, furto qualificado e lavagem de capitais;
  • Umberto Alves Pereira (Beto), apontado como principal operador do esquema: integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais;
  • Valdir Alves Pereira (sobrinho de Cezário); integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Rudson Bogarim Barbosa (funcionário da FFMS): integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado e falsidade ideológica;
  • Jamiro Rodrigues de Oliveira (Miro): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marco Antônio Tavares (Vice-presidente da FFMS e dono da empresa MTavares Eventos): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marcos Paulo Abdalla Tavares (filho de Marco Antônio Tavares): furto qualificado;
  • Marco Antônio de Araújo (Marcão), proprietário da empresa Invictus Esportes – que recebia valores da FFMS para fornecer uniformes aos clubes: peculato;
  • Luiz Carlos de Oliveira (irmão de Cezário): furto qualificado.