Genro de ex-vereador do PSDB réu por corrupção consegue recurso para viajar

Recentemente, o tucano Valter Brito da Silva e outros investigados se livraram da tornozeleira eletrônica

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Imagens da Operação Laços Ocultos em Amambai (Reprodução)

Decisão judicial publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (14) libera o empresário Jonathan Fraga de Lima de se ausentar da comarca de Amambai, cidade a 356 km de Campo Grande.

Ele é genro do ex-vereador do município Valter Brito da Silva (PSDB). Os dois são réus por suposto envolvimento em esquema de fraudes em contratos na cidade localizada ao sul de Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai.

Conforme a publicação, Jonathan fica liberado de se ausentar da cidade mensalmente para trabalhar em Tapurah (MT), município distante 1.443 km da cidade sul-mato-grossense.

Outro investigado no esquema, o empresário Júlio Arantes Varoni também foi liberado para se deslocar a Campo Grande para consultas médicas e para votar no 2º turno das eleições municipais.

Ex-vereador e outros três investigados se livram de tornozeleira

No fim de setembro, o juiz Daniel Raymundo da Matta também mandou tirar a tornozeleira eletrônica do ex-vereador Valter Brito e de outros três investigados: Júlio Anantes Varoni (empreiteiro), Jucélia Barros Rodrigues (servidora municipal) e Jonathan Fraga de Lima (empresário e genro de Valter).

Já a empresária e sobrinha de Valter, Letícia de Carvalho Teoli Vitorasso, teve tanto a prisão domiciliar quanto a tornozeleira revogadas.

Recentemente, a Justiça revogou um mandado de prisão contra a delatora do esquema: a empresária Joice Mara Estigarribia da Silva. Ou seja, ela não chegou a ser presa.

Leia também – Delatora de corrupção chefiada por ex-vereador do PSDB já devolveu R$ 7 mil de dinheiro ilícito

Confira a participação de cada um no esquema que fraudou ao menos 33 licitações em Amambai:

Júlio Arantes Varoni: sócio de empresas com contratos de altos valores com a prefeitura de Amambai e apontado por repassar grandes quantias a Valter.
Joice Mara Estigarribia da Silva: sócia de empresa que apresenta elementos que evidenciam fraude ao caráter competitivo do processo licitatório, bem como foi e ainda figura como assessora parlamentar na Câmara Municipal de Amambai/MS.
Jucelia Barros Rodrigues: servidora municipal, ex-gerente de contratos, responsável por fiscalizar os contratos e tem envolvimento no fraude às licitações.

Ex-vereador comandava esquema de fraudes em licitações em Amambai

As investigações contra o então vereador Valter Brito da Silva (PSDB), de Amambai, indicam que o parlamentar recebeu mais de R$ 5 milhões em propina de empresários. Portanto, a acusação é de que Valter comandava um esquema de corrupção e fraudes em licitações.

Os promotores do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), Adriano Lobo Viana de Resende e Humberto Lapa Ferri, ofereceram a denúncia em 1º de dezembro de 2023. A promotora Nara Mendes dos Santos Fernandes também participou do oferecimento.

Logo após, no dia 6, o juiz Daniel Raymundo da Matta, da Vara Criminal de Amambai, recebeu a denúncia e tornou os 17 investigados réus.

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