Investigado na Operação Tromper, Ueverton da Silva Macedo segue em liberdade provisória após a Comarca de Sidrolândia aceitar as justificativas apresentadas pelo empresário. Ueverton entrou na Prefeitura Municipal, a 70 quilômetros de Campo Grande, mesmo com proibição.

A tornozeleira eletrônica ‘entregou’ o investigado. O aparelho teria indicado que o réu entrou na Prefeitura da cidade, local que está proibido de frequentar.

A informação foi anexada ao processo pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio da Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual. Ueverton teria cometido violação de área de exclusão.

Nos autos, a defesa do empresário afirmou que a situação ocorreu após o expediente da Prefeitura, que vai das 7h às 13h. Que teria permanecido das 17:07:01 às 17:07:31 no local.

Assim, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) emitiu parecer favorável à defesa. Segundo o parecer ministerial, “a defesa informou que o acusado apenas percorreu a rua localizada na frente da sede do Poder Executivo, de carro, sem adentrar no local, em que sequer haveria expediente, vez que finalizado às 13h”.

Foi solicitada a manutenção das medidas cautelares que concederam a liberdade provisória de Ueverton. “Tendo em vista que o monitoramento apontou 30 segundos de violação, sendo crível que o acusado esteve apenas passando pelo local, vez que não seria possível adentrar e sair no aludido intervalo”, justificou o Ministério.

Audiências

A Comarca de Sidrolândia marcou o julgamento do empresário Ueverton da Silva Macedo, alvo da Operação Tromper, deflagrada em Sidrolândia. O investigado está em liberdade provisória e faz uso de tornozeleira eletrônica.

Assim, a audiência de instrução e julgamento de Ueverton foi marcada para 5 de abril às 13h.

No mês de fevereiro, foram realizadas audiências para ouvir os envolvidos nos supostos esquemas de corrupção e fraudes em Sidrolândia. O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva agendou as audiências.

Conforme o ofício, foram necessários dois dias de audiências devido ao ‘elevado número de testemunhas’. No total, 10 pessoas foram ouvidas.

Desde julho de 2023, o empresário Ricardo José Rocamora é considerado foragido da Justiça, após a segunda fase da Operação Tromper. Ação decorrente da operação, por posse irregular de munições, tornou Rocamora réu em mais um processo. Conforme o juiz, “não há nenhum fato novo a acrescentar”.

Então, destacou que o empresário é “o único réu dos processos mencionados que não se apresentou à Polícia e ao Poder Judiciário, encontrando-se, até o momento, foragido”. Na terça-feira (5), a Justiça de MS negou o pedido de liberdade provisória para Rocamora, que segue foragido há mais de seis meses.

Operação Tromper

Em 21 de julho de 2023, o Gaeco cumpriu 9 mandados em Sidrolândia, sendo cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva.

Na época, o Midiamax confirmou a prisão de dois empresários e um servidor municipal. São eles Ueverton da Silva Macedo, que já foi candidato a vereador no município pelo PSD, também Roberto da Conceição Valençuela e o servidor Tiago Basso da Silva.

Além disso, o quarto mandado de prisão foi direcionado ao empresário Ricardo José Rocamora Alves, que está foragido. Segundo apurado pelo Jornal Midiamax, Rocamora tinha contratos milionários em Sidrolândia.

Rocamora também foi alvo da primeira fase da Tromper, em 18 de maio de 2023. Na data, ele foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia de Sidrolândia. Contudo, pode ter sido solto após audiência de custódia.