Pular para o conteúdo
Transparência

STJ descarta novo inquérito, mas mantém ação contra conselheiros afastados do TCE-MS

Ministro manteve investigação em outro inquérito na corte
Adriel Mattos -
TCE-MS
Conselheiros foram afastados por decisão do STJ. (Fotos: Arquivo/TCE-MS)

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) descartou a abertura de novo inquérito contra dois dos conselheiros afastados do (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Iran Coelho das Neves e Waldir Neves. Ambos foram alvos da Operação Terceirização de Ouro, da PF ().

Em despacho assinado na noite de segunda-feira (22), o ministro Francisco Falcão observou que o Inquérito 1.432 segue em aberto e observou não ser necessário outro processo contra Iran e Waldir.

“Na ocasião determinei a abertura de novo inquérito para prosseguimento das apurações das demais hipóteses criminais estabelecidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Entretanto, verifico que o Inquérito 1.432 remanesce em trâmite, exatamente para o aprofundamento das investigações no tocante às hipóteses criminais ainda não corroboradas ou refutadas pelos órgãos de persecução penal, sendo portanto desnecessária a autuação de novo caderno apuratório, razão pela qual torno sem efeito a determinação anterior”, escreveu.

Esta é a APn (Ação Penal) 1.057, que tramita desde 2017, na qual foram denunciados há duas semanas pelo MPF Iran, Waldir, os assessores de Chadid, Parajara Moraes Alves Júnior e Douglas Avedikian, o assessor de Waldir, William das Neves Barbosa Yoshimoto, e outras nove pessoas.

O conselheiro afastado não é réu nesta ação. A denúncia do MPF ensejou a abertura da APn 1.058, na qual sua chefe de gabinete, Thaís Xavier Ferreira da Costa, também é ré. Porém, a defesa de Chadid pediu a retirada de documentos da APn 1.057, o que foi negado. Ele recorreu e Falcão pediu manifestação do MPF antes de decidir.

Operação Terceirização de Ouro

Em 8 de dezembro de 2022, a PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Terceirização de Ouro, um desdobramento da Mineração de Ouro, realizada em junho de 2021. Com apoio da Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União), foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em e mais quatro cidades brasileiras. 

As investigações apontaram uso de pessoas jurídicas vinculadas à participação no certame para contratação de empresas com licitações fraudulentas. Assim, entre as estratégias utilizadas para vencer as licitações, estava a agilidade na tramitação do procedimento.

Além de exigência de qualificação técnica desnecessária ao cumprimento do objeto. Por fim, faziam contratação conjunta de serviços completamente distintos em um mesmo certame e apresentação de atestado de capacidade técnica falsificado.

Um dos contratos investigados, com a Dataeasy Consultoria e Informática, supera R$ 100 mil. A corte suspendeu os pagamentos à empresa após a operação e, ao fim do termo, encerrou o vínculo

Iran, Chadid e Neves estão afastados por 180 dias. Eles tiveram redução de até 88,5% nos salários após a ação da PF.

Conselheiro do TCE-MS foi flagrado cobrando propina

Investigações da PF apontaram o conselheiro Waldir Neves cobrando propina de um empresário dono de uma fornecedora de café e água mineral para o TCE-MS. A corporação teve autorização para monitorar conversas de dois assessores de Neves, João Nercy Cunha Marques de Souza e William das Neves Barbosa Yoshimoto. A dupla era responsável por receber a propina.

Para a PF, o conselheiro “tinha ciência de que seus assessores cobravam e recebiam recursos de empresário que fornece insumos ao TCE-MS”. William Yoshimoto já tinha sido alvo da primeira fase da operação, a Mineração de Ouro.

Em janeiro de 2023, Neves conseguiu retirar a tornozeleira eletrônica para dar continuidade ao tratamento de um câncer de próstata. No fim do mês, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou habeas corpus a Iran. A defesa pediu a revogação das medidas cautelares, para que o conselheiro retome as atividades.

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes observou que as medidas cautelares aplicadas contra o conselheiro foram autorizadas pelo STJ, e um recurso da defesa foi negado pela presidência da corte.

“Esta Primeira Turma vem autorizando, somente em circunstâncias específicas, o exame de habeas corpus quando não encerrada a análise na instância competente, óbice superável apenas em hipótese de teratologia ou em casos excepcionais. No particular, entretanto, não se apresentam as hipóteses de teratologia ou excepcionalidade”, escreveu.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Justiça nega liminar e mantém assessor de Claudinho Serra preso por corrupção e lavagem

maria do bairro novela reprise sbt 30 anos

Maria do Bairro completa 30 anos e ganha nova reprise imediata no SBT; veja que dia começa

Cerveja ficou mais cara no Centro-Oeste, aponta pesquisa sobre variação de preços

TCE-MS vai pagar R$ 371 mil para empresa gerenciar frota de sete veículos

Notícias mais lidas agora

JBS poderá pagar multa sobre valor milionário se recusar conciliação com moradores

nelsinho governo lula

VÍDEO: ‘Lei de Reciprocidade só em último caso’, diz representante do Senado em negociação com Trump

Alexandre de Moraes determina que Bolsonaro use tornozeleira e fique sem redes sociais

Carne bovina: Abrafrigo prevê perda de US$ 1,3 bilhão em 2025 com tarifa dos EUA

Últimas Notícias

Esportes

Dudu é condenado a seis jogos de suspensão e multa do STJD por misoginia contra Leila Pereira

Atleta foi denunciado em artigo do CBJD sobre punição a quem pratica atos discriminatórios

Brasil

Em dia de operação contra Jair Bolsonaro, Flávio desembarca na Europa

Senador fez posta nas redes sociais declarando apoio ao ex-presidente

Cotidiano

Com alerta de queda de temperatura, Ponto de Apoio permanece ativo no Parque Ayrton Senna

O espaço será aberto às 18h e atenderá pessoas em situação de rua

Esportes

Nova técnica do Fortaleza será 1ª mulher à frente de time masculino no basquete brasileiro

Nova treinadora chamou atenção por suas habilidades com desenvolvimento pessoal e coletivo durante os treinamentos em times no exterior