A 4ª Vara do Trabalho de Campo Grande negou na manhã desta quarta-feira (18), pela segunda vez, conceder liminar para proibir a greve dos motoristas do Consórcio Guaicurus, concessionária que opera o sistema de . Os ônibus não estão circulando hoje.

Ontem, terça-feira (17), o STTCU/CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de ) anunciou greve por falta de acordo para reajuste salarial. O Setur-MS (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Mato Grosso do Sul), entidade que representa o Consórcio, foi à Justiça do Trabalho para barrar o movimento.

Porém, o Christian Gonçalves Mendonça Estadulho negou liminar, apontando que não há risco de das empresas de ônibus. “Em razão disso, determino, por ora, apenas a citação do requerido [STTCU] para que, querendo, apresente defesa em 15 dias”, escreveu.

Os advogados Felipe Barbosa da Silva e Raphael Barbosa Marques, que representam o Setur, pediram reconsideração ainda na noite de ontem. Já na manhã de hoje, o magistrado voltou a negar decisão favorável aos empresários.

“Saliento novamente não ser possível o uso do interdito proibitório como um meio apropriado para restringir o direito de greve. As imagens mostram, em princípio, uma greve pacífica”, ressaltou.

Estadulho frisou ainda que apenas o TRT24 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região) pode proibir a greve.

Greve no transporte coletivo

Com 100% dos trabalhadores parados, profissionais do transporte coletivo de Campo Grande vão se reunir para decidir se a paralisação de hoje vai virar greve por tempo indeterminado. Eles cobram retomada nas negociações salariais com o Consórcio Guaicurus.

“Hoje é um protesto para chamar atenção do Consórcio, vamos chamar assembleia e votar edital de greve por tempo indeterminado. Esperamos que com essa paralisação a empresa retome a conversa com a gente”, pontua Demétrio Freitas, presidente do STTCU.

De acordo com ele, na semana passada, o sindicato foi informado que o Consórcio Guaicurus não se reuniria mais com a categoria para rodada de negociação. Em dezembro, a empresa ofereceu reajuste salarial de 6,5% aos trabalhadores, no entanto, deixou de lado outros benefícios.

Nenhum dos veículos do transporte coletivo da Capital saiu da garagem e cerca de 1.500 trabalhadores estão na garagem da Jaguar Transportes Urbanos, onde farão assembleia.