O Alexandre Franzoloso, que defende a servidora Simone de Oliveira Ramires Castro, pregoeira da SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração), esteve na sede do (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta quinta-feira (30) e explicou que a sua cliente é funcionária pública há 30 anos.

“Conversei com ela ontem à noite. Ela está ansiosa para saber do que se trata, uma funcionária pública de 30 anos no cargo, a gente entende que em um caso como esse não cabe prisão”, disse. O advogado disse que Simone presta depoimento na sexta-feira (1º).

O advogado ficou sabendo da exoneração da servidora na frente do Gaeco, pela imprensa, e ficou surpreso. “Uma novidade”.

“Vamos estudar os autos e amanhã vou orientá-la para poder vir aqui. Sabemos [o motivo pelo qual a cliente foi presa] pelo que a imprensa tem publicado”, comentou. Ele disse que ainda não vai pedir habeas corpus.

Fraudes ultrapassam R$ 68 milhões em contratos públicos

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Dinheiro foi apreendido na manhã desta quarta-feira (29). (Reprodução/ Gaeco)

Ao todo, foram 8 mandados de prisão preventiva cumpridos, sendo 7 no período da manhã e o último, de Lucas Coutinho, já no período da tarde. Além dos irmãos, o primo Victor Leite de Andrade, o servidor público Thiago Haruo Mishima e Paulo Henrique Muleta Andrade (da ), também foram presos.

O adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Britto Neto, foi alvo de busca e apreensão.

O advogado de Sérgio Coutinho, Marcos Barbosa, disse ao Midiamax que ainda não teve acesso ao teor das investigações e que, no momento, não vai se manifestar.

Ainda na quarta-feira, o Midiamax conversou com o advogado de Simone, Alexandre Franzoloso. Ele também não tinha informação sobre o motivo da prisão.

A reportagem tenta contato com a defesa dos outros acusados e o espaço segue aberto para manifestação.

Conforme divulgado em nota, a operação realizada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, cumpriu 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão.

As cidades onde foram cumpridos os mandados foram Campo Grande, MaracajuItaporã, Corguinho. Foi identificada pela investigação a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos e lavagem de dinheiro.

Ainda segundo a investigação, o grupo criminoso fraudava licitações públicas para compra de aparelhos de ar-condicionado para a SED, também a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela SES.

Também foi fraudada licitação para aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Apae de Campo Grande, além de outros. Os crimes foram cometidos com pagamento de propina a vários agentes públicos. Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam R$ 68 milhões.