Dos mais de 3 mil quilômetros de vias públicas de , mais de 1 mil ainda permanecem sem asfalto. Enquanto isso, moradores de todas as regiões da Capital sofrem com lama, enxurrada e buracos.

Os dados são da (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e foram informados ao Jornal Midiamax por força da Lei de Acesso à Informação. São 3.071,87 km pavimentados e 1.037,98 de vias de terra.

Entre as sete regiões urbanas, apenas uma é totalmente asfaltada. O Centro tem todos os 355,27 km de ruas e avenidas pavimentadas. Por outro lado, a região urbana do Anhanduizinho, uma das mais asfaltadas da área central, concentra o maior total de quilômetros de vias sem pavimentação.

São 549,1 km de asfalto e 276,74 km de ruas e avenidas de terra. Alguns bairros, como o Los Angeles, têm pouquíssimas vias asfaltadas.

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Arte: Madu Livramento/Jornal Midiamax

E é importante deixar claro que a prefeitura tem uma forma diferente e complexa de classificação de bairros. Das regiões urbanas, há os bairros, que são uma categoria reconhecida nacionalmente como a menor subdivisão administrativa nos municípios.

E há ainda os parcelamentos, que são loteamentos que as prefeituras fazem com base na Lei Federal 6.766/1979, que inclui até condomínios fechados.

Um exemplo é o bairro Santo Amaro, que tem como parcelamentos a Vila Almeida, Coophatrabalho, Sírio Libanês, entre outros. Para conhecer todos os parcelamentos da cidade, clique aqui, acesse o mapa do Sisgran (Sistema Municipal de Indicadores) e selecione a opção “Parcelamentos”.

Noroeste é o bairro com menos asfalto de Campo Grande

O bairro com menos asfalto de Campo Grande é o Jardim Noroeste. São apenas 11.564 metros pavimentados – ou 11,564 km – contra 97.555 metros, ou 97,555 km de ruas sem pavimentação.

Além do Noroeste, o bairro inclui o Jardim Maracanã, Aguadinha, Serraville, Bairro Industrial (não confundir com Núcleo Industrial) e Shalom Residencial.

Como mencionado anteriormente, todos os bairros da Região Urbana do Centro são asfaltados. São eles: São Francisco, Cruzeiro, Cabreúva, Planalto, Centro, Jardim dos Estados, Amambaí, Carvalho, Glória, Monte Líbano, São Bento, Itanhangá e Bela Vista.

Nem mesmo asfalto garante qualidade de vida

Já virou rotina no Jornal Midiamax trazer relatos de moradores que sofrem até mesmo em vias asfaltadas. Mesmo tendo esse “benefício”, as ruas e avenidas nos bairros sofrem com falta de manutenção.

Como se não bastasse, quem mora nas vias de terra tem que lidar com muito mais problemas, de lama a buracos que engolem veículos.

O caso mais recente aconteceu na sexta-feira (10), no Jardim Campina Verde, parcelamento do bairro Rita Vieira, na Região Urbana do Bandeira. Por pouco, um caminhão de coleta de lixo do Consórcio não tombou em uma vala na Rua Filomena Segundo Nascimento.

Em janeiro, moradores do bairro Santo Antônio relataram a constante de buracos que surgem em vias asfaltadas. O caso mais recente envolve diversos buracos na Rua Américo Vespúcio, esquina com a Lobivar de Matos.

O Jardim Noroeste, o menos asfaltado da Capital, teve até o caso de moradores que gastaram R$ 300 para tapar os buracos da Rua Jordão, que não tem pavimentação. Além disso, moradores ainda sofrem com mato alto e lixo acumulado em diversos terrenos abandonados.

Cercado de bairros recentemente beneficiados com asfalto e de condomínios de alto padrão, o Jardim Lagoa Dourada sofre com as ruas de terra que viram rios de lama quando chove. “Pior que roça. Quando chove a gente fica na lama e quando para de chover, a gente come poeira”, desabafou Eunice de Oliveira Melo, de 42 anos.

Confira a situação da pavimentação por região urbana e bairro de Campo Grande:

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