Pular para o conteúdo
Transparência

Após Fundação de Cultura negar risco de incêndio no MIS, promotoria recomenda plano de prevenção

A Fundação deverá informar ao MPMS em 20 dias se a recomendação será acolhida
Mariane Chianezi -
Foto: Edemir Rodrigues, Governo do Estado

Após a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul negar que o Museu de Imagem e Som corra risco de incêndio, o MPMS (Ministério Público) recomendou que Governo elabore plano de prevenção. O prédio, considerado patrimônio histórico e cultural do Estado, fica localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em .

Conforme publicação em Diário Oficial, a recomendação do promotor Luiz Antônio Freitas de Almeida, inclui a elaboração de um plano de prevenção e combate a incêndio e pânico, elaborado por técnico habilitado e em conformidade com as normas técnicas, submetendo-se ao Corpo de Bombeiros.

A Fundação também deverá adotar todas as ações e providências de modo a obter o Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiro. Ambas as recomendações deverão ser cumpridas no prazo de um mês.

Para a segurança do MIS, também deverá ser elaborado um plano com metodologia de gerenciamento de riscos ao patrimônio em conformidade com o Programa de Gestão de Riscos ao Patrimônio Musealizado Brasileiro do Instituto Brasileiro de Museus, com planejamento e prevenção de riscos, monitoramento e controle de riscos e respostas a emergências, no prazo de dois meses.

A promotoria deverá ser informada pela Fundação de Cultura, no prazo de 20 dias, se a recomendação será acolhida ou não. Um inquérito havia sido instaurado nesta semana para apurar a segurança do local, que de acordo com denúncia, não há plano contra incêndio.

Inquérito

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito para apurar eventual risco ao patrimônio histórico e cultural do Estado, pela falta de Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico e certificação do Corpo de Bombeiros no MIS.

Conforme o procedimento, o órgão recebeu denúncia através de notícia fato de que o prédio acolhe há anos película de filme, que seria um material altamente inflamável. O relato diz que o prédio não conta com climatização adequada para proteção do acervo nem a segurança dos funcionários.

A denúncia ao MPMS pontua a necessidade de fiscalização para evitar tragédias como as ocorridas no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

“O risco de incêndio é grave e ameaça a saúde e a vida dos funcionários e dos visitantes da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Além disso, o prédio da Fundação de Cultura se encontra sem alvará desde 2010. Considerando que o imóvel foi estruturado em cima de um córrego e que o espaço apresenta diversas rachaduras, faz-se necessário que as autoridades do estado se sensibilizem e promovam a fiscalização e a manutenção deste bem”.

Por fim, a notícia fato pontua que o Museu acolhe bens materiais e imateriais da população sul-mato-grossense e a preservação dos mesmos deve ser uma prioridade de suas autoridades políticas e jurídicas.

O Corpo de Bombeiros informou à promotoria que o prédio, de fato, não possui certificado de vistoria expedido pelo órgão e nem Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico aprovados.

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul foi oficiada e recomendada a se regularizar. O inquérito está sob responsabilidade da 34ª Promotoria de Justiça de Campo Grande.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados