O MPF (Ministério Público Federal) instaurou inquérito civil para investigar superlotação no PAM (Pronto Atendimento Pediátrico) do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande, bem como a falta de vagas em outras unidades. O hospital afirmou que opera acima da capacidade e tem pedido para que novos pacientes não sejam enviados.

De acordo com as investigações conduzidas pelo procurador da República Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves, durante um procedimento para apurar a regularização do encaminhamento de pacientes via Central de Regulação, vieram à tona informações de que o Humap está com a pediatria superlotada, com número de pacientes maior do que o adequado.

Assim, foi aberto o procedimento com acionamento do hospital e do poder público em geral, em busca de informações que possam auxiliar no esclarecimento dos fatos, tais como medidas de ampliação de leitos da rede de urgência e emergência. Ao Midiamax, o hospital confirmou que está acima da capacidade e diz não estar em condições de receber mais pacientes na pediatria.

A unidade tem 10 pacientes para sete vagas na área amarela e dois pacientes para uma vaga na área vermelha do Pronto Atendimento Pediátrico. “Na semana passada chegamos a ter 16 pacientes na área amarela e 3 pacientes na área vermelha. Pedimos diariamente para a regulação não enviar novos pacientes por conta da superlotação, e a [Secretaria Municipal de Saúde] tem ciência dessa superlotação, mas continua enviando novos pacientes”, diz nota.