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Transparência

Governo federal bloqueia R$ 6,2 milhões das universidades de Mato Grosso do Sul

UFGD adiantou que medida impacta até serviços essenciais como segurança e energia elétrica
Adriel Mattos - Publicado em
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UFMS
Entrada da UFMS (Foto: Nathália Alcântara/Midiamax)

O MEC (Ministério da Educação) bloqueou R$ 6,2 milhões das instituições federais de ensino em Mato Grosso do Sul. O comunicado foi enviado às reitorias no fim da tarde de quarta-feira (5).

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi a maior afetada, ficando sem R$ 3,8 milhões. O IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) teve estornados R$ 2,1 milhões.

Em nota, o IFMS informou que o valor representa 5,8% do orçamento de 2022 da instituição. O documento assinado pela reitora Elaine Cassiano destaca que os impactos do corte ainda estão sendo avaliados.

A UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) perdeu R$ 399 mil e apontou que a medida “vai impactar diretamente no custeio da instituição, ou seja, todos os contratos essenciais, como energia elétrica e vigilância, e bolsas próprias da universidade, destinadas a estudantes, como iniciação científica, auxílio transporte e outras”.

Ministério da Educação e universidades foram os mais afetados

Na semana passada, o governo federal publicou decreto com contingenciamento (bloqueio de despesas) adicional de R$ 2,6 bilhões no Orçamento, mas não detalhou as áreas afetadas. 

Segundo a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), foram bloqueados R$ 328,5 milhões em despesas que poderiam ser empenhadas em universidades. Esse valor, somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, totaliza R$ 763 milhões retirados das universidades federais no Orçamento aprovado para este ano.

O corte foi determinado pelo Ministério da Economia em todos os órgãos, sendo o mais afetado o MEC.

A Andifes informou em nota que “este novo contingenciamento coloca em risco todo o sistema das universidades”.

O Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) declarou que “quem perde é o estudante, que será impactado na continuidade de seus estudos, pois os recursos da assistência estudantil são fundamentais para a sua permanência na instituição”.

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