Denunciado por massagear adolescente durante consulta, médico tem registro suspenso em MS

Médico pedia para adolescentes entrarem desacompanhadas, segundo registro policial, e solicitava que elas retirassem a blusa

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(Ilustrativa)

O médico Elder Rocha Lemos (CRM/MS 3151 e CRM/MT 9910) teve o registro suspenso por 30 dias após ser punido pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul). O médico teria violado os artigos 38, 40 e 87 do Código de Ética Médica, desrespeitando o pudor de pacientes. A publicação foi divulgada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º).

Elder tem passagem pela polícia por estupro. De acordo com boletim de ocorrência, o médico teria realizado atendimentos de adolescentes sempre solicitando que elas entrassem desacompanhadas. Em 2017, uma delas relatou à assistentes sociais que apresentava vômitos, quando foi atendida.

O médico teria solicitado que ela tirasse a blusa e apalpou seus seios. Ele pediu para que ela retornasse no dia seguinte sem o namorado, quando a massageou e a convidou para viajar com ele. O caso está registrado como estupro, já que a menina tinha 14 anos na época.

Médico denunciado

A denúncia do CRM é decorrente do processo ético-profissional nº 34/2018. Agora, Elder está impedido de exercer a medicina pelo prazo de 30 dias, no período 12.09.2022 a 11.10.2022, por conta de violação do atual Código de Ética Médica.

De acordo com a decisão, Elder teria ‘desrespeitado o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais’, ‘aproveitado-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza’ e ‘deixado de elaborar prontuário legível para cada paciente’.

A decisão não informa se há relação direta entre o caso de estupro no atendimento registrado pela Polícia Civil em 2017 e o processo, instaurado em 2018. O Jornal Midiamax entrou em contato com o médico para que ele pudesse se pronunciar sobre o caso, mas as ligações não foram atendidas. O espaço segue aberto para manifestação.

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A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
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