Preso em ação contra a máfia dos cigarreiros, cabo é excluído da PMMS

Lisberto Sebastião de Lima foi condenado a 11 anos e 4 meses de prisão

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Policiais Militares durante a segunda fase da Operação Oiketicus
Policiais Militares durante a segunda fase da Operação Oiketicus

Cabo da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), Lisberto Sebastião de Lima, preso em 2018 durante uma ação contra a máfia dos cigarreiros, foi excluído da Polícia Militar, conforme portaria publicada nesta quinta-feira (11).

Segundo a decisão assinada pelo Comandante-Geral da PMMS, Marcos Paulo Gimenez, o cabo foi excluído “ex-officio” por decisão judicial das fileiras da Polícia Militar.

O cabo foi um dos 29 policiais presos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) durante as duas fases da operação Oiketicus, que investiga a atuação de policiais para garantir a livre movimentação da chamada “Máfia do Cigarro”. 

Em abril de 2017, a corregedoria da Polícia Militar denunciou sobre determinada “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa”. A situação foi confirmada pelos promotores que verificaram a associação de militares, de diferentes patentes e regiões do Estado, para facilitar o contrabando.

Segundo investigação, os policiais recebiam dinheiro em troca de facilitação, inclusive ao prestarem informações aos contrabandistas. Em algumas situações, as fiscalizações sequer eram feitas e as cargas de cigarro contrabandeado “passavam batido”.

Em agosto de 2019, Lisberto teve o pedido acatado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e responde o processo em liberdade. Ele foi condenado a 11 anos e 4 meses de prisão.

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